28 de outubro de 2009

O pessoal não sabe nem brincar

Donos de perfis falsos do Orkut extrapolam na fantasia e arranjam problemas de verdade
Por Lauro Neto
Publicada em 27/10/2009


Quem nunca quis, mesmo que por um instante, ser uma pessoa completamente diferente, ter outro dia a dia, sensações novas e distintas? Sem as amarras do mundo real, na internet isso não só é possível como - você deve conhecer pelo menos alguma história - rola à beça. Mas a galera das comunidades de fakes do Orkut extrapola na viagem. Pelo computador, eles começam e terminam namoros, vão ao cinema, à praia, ficam (e traem), casam-se, têm filhos e publicam todas as fofocas desse mundo de fantasia num jornal fake.

Com uma foto estilosa, que pode ser de uma celebridade ou de um anônimo bonito, e um nome cool, a galera cria uma ou várias identidades paralelas. O problema é que - como controlar os sentimentos? - as histórias criadas por eles frequentemente respigam na vida real. Foi o que aconteceu com a carioca Daniella Perissé, de 16 anos, quando conheceu "Bruno". Ela era "Brócoli", um perfil fake com a foto da atriz Leighton Meester, a Blair de "Gossip Girl"; ele, Dougie Poynter, baixista da banda McFly, de quem Daniella é fã. Os dois trocaram mensagens pelo MSN, ficaram amigos, e Daniella revelou sua identidade real em pouco tempo.

Àquela altura, já estava apaixonada por quem acreditava ser um garoto. A decepção veio mais de um ano depois, quando ela descobriu que "Bruno" era, na verdade, uma paulista de 17 anos.

- Fiquei mais de um ano apaixonada pelo Bruno. Ele me entendia, tinha as mesmas brincadeiras que eu, gostava das mesmas músicas, coisas em comum que você encontra num amigo ou num namorado. Com o tempo, ficamos tão próximos que, só pelo modo de escrever, já sabíamos como o outro estava: rindo, chorando, com raiva... - explica Daniella. - No fake, brincávamos de ir ao cinema, sair para comer. Sonhava com o dia em que eu poderia conhecê-lo.

A garota que se apresentava como Bruno até tentou contar a verdade antes, mas Daniella parecia não querer acreditar. Para satisfazer as vontades da carioca, a paulista mandou uma foto de um amigo e agitou uma conversa telefônica entre ele e Daniella. Depois, inventou que Bruno tinha uma irmã com seu nome verdadeiro.

- Fiz o fake para passar o tempo quando não tinha o que fazer. Escolhi um perfil masculino por indução de uma amiga, para ver como era o outro lado. Mas a Dani se apegou tanto que, mesmo que eu odiasse mentir, não conseguia fazê-la largar do meu pé, nem inventando mil motivos de brigas. Começou pela curiosidade e, depois, foi difícil falar tchau. Tinha medo da reação dela por considerá-la uma grande amiga - justifica a menina, cuja mãe preferiu que seus nome e rosto não fossem revelados nesta reportagem.

Apesar da decepção, Daniella compreendeu as razões da outra. Hoje as duas já se conhecem pessoalmente e mantêm a amizade real. Mas a carioca sofreu muito. Abdicou de parte da sua vida social para administrar seus perfis fakes. Às vezes, chegava do colégio e sequer almoçava para acessar o Orkut. Às 22h, fingia que ia dormir, por ordem do pai, mas voltava para o computador e ficava on-line até as 4h. Às 6h, ia para a escola e dormia na aula.

- Minha mãe me pegava chorando na frente do computador e mandava desligá-lo, dizia que me fazia mal. Ela não sabia que eu gostava do Bruno e que sentia ciúmes até quando ele ficava com meninas no perfil fake do Dougie. Parei com essa vida de fake, tenho que estudar para o vestibular. Eu era muito boba, e essa história me fez amadurecer muito - reconhece Daniella.
Para Carla Leitão, doutora em psicologia clínica pela PUC-Rio, a adolescência é uma fase de experimentação de papéis na vida física, real, "off-line", e isso pode se estender à internet, desde que de maneira saudável e controlada.

- Na web, essa experimentação pode ser mais forte, mais integral, pois não há pistas físicas como limitações, o que permite a uma menina se passar por menino. Enganar o outro não é legal, mas isso tem muito mais a ver com as características da personalidade de cada um do que com a mídia em que isso ocorre. O risco é ser sugado por esse papel e não conseguir sair - explica Carla, que também é pesquisadora da interação humano-computador do departamento de informática.
A especialista alerta que o papel dos pais é tentar compreender o que está se passando e não vigiar ou punir:

- Aprendi isso com a minha filha, que tem dois perfis no Twitter, um com o nome dela e outro com um personagem de "Crepúsculo". Um grande passo é ter humildade: temos que nos sentar junto e aprender com eles. Se há algo de errado nas relações cotidianas, isso vai ser potencializado na internet.


Pra quem tiver curiosidade, o melhor da matéria são os comentários dos leitores, parece que a maioria das pessoas sabe o que é certo ou errado, o que é patológico ou não, as pessoas esquecem.... não há nada de novo debaixo do sol.


Fonte:

http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/10/27/donos-de-perfis-falsos-do-orkut-extrapolam-na-fantasia-arranjam-problemas-de-verdade-914382853.asp

26 de outubro de 2009

Post de aniversário.

Que estranho fascínio será este, o das flores sobre o coração dos carrascos ?


O desenho do meu primeiro pequeno cliente criança.


Meu primeiro salário

Resultado:
Tira - gosto

Buteco

e


Não gosto dessa cachorra, ela é muito folgada, sempre aparece nos meus posts. Sai...

22 de outubro de 2009

Atitudes -parte 1

Para Rogers as condições facilitadoras do crescimento: autenticidade, aceitação positiva incondicional e compreensão empática são inerentes a todas as relações, elas deveriam existir nas relações familiares, nas relações de trabalho, na relação professor – aluno, ou seja, em todas as relações pessoais, mas para compreender realmente essas condições devemos primeiramente nos ater a base do pensamento de Rogers,a crença na tendência atualizante.

A tendência atualizante refere-se a existência dentro de todo ser humano de um impulso para o crescimento e desenvolvimento completo, esse impulso pode ser impedido mas nunca destruído, uma maneira de obter esse crescimento é fornecer um clima psicológico a partir de atitudes psicológicas facilitadoras que discutiremos a seguir:

Autenticidade: Quanto mais o terapeuta é ele mesmo maior a probabilidade de que o cliente modifique-se e cresça, o terapeuta vivência abertamente os sentimentos e atitudes que estão fluindo dentro dele naquele momento, quanto mais o terapeuta puder expressar esses sentimentos e atitudes negativos e positivos, mas provavelmente será capaz de ajudar o cliente, lembrando que “são os sentimentos e atitudes que promovem a ajuda, quando expressos, e não as opiniões e os julgamentos sobre a outra pessoa”(ROGERS,1986), esta atitude norteia o fato de que o terapeuta deve ser capaz de vivenciar, saber, exprimir o que ocorre dentro dele, a partir dessa medida será capaz de facilitar o crescimento do cliente.



"O meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual"
PITTY



REFERÊNCIAS:
Rogers, C. (1986). Sobre o Poder Pessoal. São Paulo: Martins Fontes

15 de outubro de 2009

MAS É ASSIM QUE ACONTECE O MILAGRE DA VIDA

O bebê dorme, tranqüilo, no ventre de sua mãe.




Não sabe que dentro em breve abandonará a placidez de sua “casa” para passar por uma das experiências mais traumáticas de sua vida: o nascimento.

9 de outubro de 2009

Acabei de perceber que só tenho dois meses de universidade e que provavelmente eu vá embora de Teresina, Eu estou....




Tempo Ruim - Matanza

Ergam seus copos por quem vai partir
Longo será o caminho a seguir
Nada será como costuma ser
Nada vai ser fácil pra você

Não faça o mesmo que fez o seu pai
Não leve armas lá onde vai
Tantos eu já vi pagando pra ver
Não dá tempo de se arrepender
Nada que já não deva saber
Não há nada que não possa ter

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor

Eu me despeço de todos vocês
Muitos aqui não verei outra vez
Fora o inverno e o tempo ruim
Eu não sei o que espera por mim
Mas pouco importa o que venha a ser
Se eu tiver um dia a quem dizer

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor."




*texto e insight retirado do blog http://leiturasepensamentos.blogspot.com/
* quadrinho retirado do blog http://napocalipse.blogspot.com/

8 de outubro de 2009

Porque a verdade está aqui dentro.

Espelho no cofre.

De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa adquirida na cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele. Julgando reconhecer ali o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa.
Guardou-o num cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em quando, quando se sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar contemplando "o rosto do pai".
Sua mulher observou que ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, toda vez que o via descer do quarto de cima. Começou a espreitá-lo e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo tempo olhando para dentro dele.
Depois que o marido saiu, um dia ela abriu o cofre, e nele, espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o marido e deu-se então uma grave briga de família.
O marido sustentava até o fim que era o seu pai quem estava escondido no cofre.
Por sorte, passava pela casa deles uma monja. Querendo esclarecer de vez a discussão, ela pediu que lhe mostrassem o cofre.
Depois de alguns minutos no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima:
- Ora, vocês estão brigando em vão: no cofre não há homem nem mulher, tão-somente uma monja como eu!


FONTE:
Os 100 melhores contos de humor da literatura universal / Flávio Moreira do Costa (org.).Rio de Janeiro: Ediouro, 2001

6 de outubro de 2009

Eu conheci esse cara!


Esse cara fez diferença na minha vida e de milhões de pessoas, pois em um bairro que estava começando a partir de uma invasão de pessoas que vieram em busca de um lar, ele trouxe emprego, religião, educação, atenção e esperança.Que fique registrado.

Pedro Balzi não tinha família no Brasil. Ele nasceu em Berna, na Suiça e, aos três anos de idade, foi morar na Itália, em uma cidade chamada Fonte Nuova, onde passou 12 anos. Depois, foi morar na Bolívia, e por lá ficou 20 anos até vir ao Brasil, onde morava até hoje, tendo vivido aqui durante 23 anos. A região, onde hoje é a Vila da Paz, foi ocupada em 1986, e o padre Pedro Balzi chegou ali em 1987. Ele ajudou aquela população na construção da comunidade, na conquista de benefícios como água, luz e casas. A Fundação Nossa Senhora da Paz e a Fazenda da Paz (recuperação de dependentes químicos) foram duas das suas grandes obras em vida. Além dessas entidades, ele construiu o Centro Maria Imaculada Conceição, que cuida de pessoas portadoras de hanseníase, e atuou em muitas outras causas. Sua história ficará na memória de todos aqueles que foram por ele ajudados e de toda a sociedade que o reconhece como cidadão exemplar.

Você conhece esse cara?

Estava assistindo TV quando vejo uma propaganda onde o “o cara” se apresenta como neurocientista, na mesma hora pensei: cadê o Ronaldo?








Miguel Angelo Laporta Nicolelis, é um médico e cientista brasileiro. É considerado um dos 20 maiores cientistas da atualidade, segundo a revista "Scientific American". Sua pesquisa refere-se as possibilidades de integrar o cérebro às máquinas. Ele busca o desenvolvimento de próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia. Recentemente, o escopo do estudo foi ampliado para buscar uma cura para o Parkinson.

Nicolelis se formou em Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Na mesma instituição, cursou o doutorado em Fisiologia Geral, onde sofreu grande influência de César Timo-Iaria. O pós-doutorado foi realizado na Universidade Hahnemann (Filadélfia). Professor titular de Neurobiologia e Engenharia Biomédica e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University, Nicolelis também lidera o projeto do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, na capital do Rio Grande do Norte.

O trabalho de Nicolelis com implante de próteses no cérebro de cobaias começou em 1984, quando ele se formou em medicina, na Universidade de São Paulo. “Quando comecei a estudar o cérebro, o neurônio era considerado o rei da cocada preta. Ele só era pensado de forma isolada. Era como se os neurologistas só enxergassem um átomo de cada vez, nunca as moléculas.” Nicolelis leu que os astrônomos usam redes com várias antenas para mapear o céu e construir uma grande imagem virtual. E pensou: será que o cérebro também funciona assim?

Seu trabalho começou a ganhar evidência internacional em 1999, quando implantou uma prótese no cérebro da macaquinha Belle. O implante em 90 neurônios permitiu, pela primeira vez, a um primata mover um braço robótico com a força do pensamento. “Ao usar vários eletrodos para registrar os sinais de 90 neurônios ao mesmo tempo, obtive um sinal amplificado e de melhor qualidade”, diz.

É interessante ver pessoas que fazem ciência sendo consideradas ídolos.

REFERÊNCIAS:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64860-15224,00-MIGUEL+NICOLELIS+O+BRASILEIRO+CANDIDATO+AO+NOBEL.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u578065.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,miguel-nicolelis-neurocientista,342814,0.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Nicolelis

4 de outubro de 2009

Aplicação das idéias Rogerianas ao trabalho diário do professor:

Para Rogers existem três condições fundamentais à aprendizagem:


Ter empatia
Aceitar positiva e incondicionalmente o aluno
Ser autêntico



O professor é um facilitador que adota uma atitude centrada na pessoa, acreditando que ela tem a tendência para desenvolver-se, autodirigir-se e reajustar-se, e o professor ajudará a criar um ambiente que facilite esse crescimento.

Diretrizes para o professor

1. Acabar com os julgamentos, cortar avaliações tanto negativas como positivas, evitar adjetivos como: certo, errado, bonito, feio, etc.

2. Evitar rótulos, diagnósticos e prognósticos. Essas afirmações prejudicam seu relacionamento com os alunos

Ex: Você está querendo chamar atenção!
Você nunca vai conseguir um bom emprego.

3. Receber com cuidado os comentários e as perguntas que parecem não ter relação com o tópico que está sendo tratado.

Ex: A classe estava estudando estradas de ferro. Uma menininha disse:
- Minha vó está muito doente.
Um professor que respeita a criança respondeu:
- E você quer ir visitá-la de trem?

Mais comum, porém seria a resposta?
-O que tem isso a ver com nosso assunto?ou :
- O que tem sua vó com estradas de ferro?

4. Evitar considerar como um desafio proposital uma pequena infração do aluno. Deixar sempre aberta aos alunos uma porta para uma saída honrosa. Esta máxima evita muitos problemas disciplinares.

5. Expressar irritação sem ofender a criança

Cada professor deve desenvolver uma aversão à palavras que humilham e aos atos que machucam. Mesmo quando irritado, um professor pode evitar palavras que ofendam . O lema do professor é:"Indignação , sim! Indignidade, não!”

6. Reconhecer e aceitar os sentimentos do aluno

Ex:
O professor pediu a aluna, que lesse algumas frases, ela leu em voz baixa, gaguejou e finalmente parou de ler. Ela cobriu o rosto com o livro, de tanto embaraço.
O professor disse:
-Ler inglês em voz alta não é fácil. A gente tem medo de cometer erros e receber zombarias. É preciso coragem pra ficar de pé e ler, obrigado por tentar.

No dia seguinte a aluna, foi chamada pra ler, pôs-se de pé e leu.

7. Evitar perguntas que contenham mensagens de desaprovação, desapontamento ou desprazer. Há perguntas que fazem o aluno sertir-se tolo, culpado, enraivecida e vingativa.

Ex: Por que você tem que brigar com todo mundo?
Por que você é tão desorganizado?
Por que você não cala a boca de vez em quando?


Quando eu fazia a quinta série, há muitos anos atrás, uma professora chegou perto de mim e disse: você está tão desleixada!, eu me lembro que cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi perguntar a minha mãe o que era desleixada!



Fonte:
BARROS,Célia Silva Guimarães, Pontos de psicologia escolar, 5° edição, 2007.
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