ei, ás vezes isso acontece de verdade..
44. O indivíduo afirma que não odeia o professor e que, ao contrário, é o professor quem o odeia.
Trata-se do mecanismo de defesa em que ocorre a atribuição de um impulso perturbador a outra pessoa, mecanismo este denominado de
(A) formação de reação.
(B) projeção.
(C) regressão.
(D) sublimação.
(E) negação.
O ato de atribuir a uma pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma.
46. Quando o estímulo fóbico não pode ser evitado, sobrevém uma dramática crise de ansiedade. Para escapar dela, entra em ação o mecanismo de defesa específico contra a angústia causada pelo conflito interno que consiste em deslocar a ansiedade, transformada em medo, até um componente externo que poderá ser evitado pela fuga. Esse comportamento é chamado de
(A) racionalização ou formação reativa.
(B) deslocamento ou compensação.
(C) sublimação ou compensação.
(D) negação ou rejeição.
(E) evitação ou esquiva.
essa aqui eu tinha errado.......
fonte:
http://www.fesppr.br/~cvillar/ADM%20SALA%20208%20%20Noturno/TEXTO2007_%20Mecanismos%20de%20defesa.doc
27 de fevereiro de 2009
26 de fevereiro de 2009
Versões de mim
Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido. Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste...
Agora mesmo, neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário -, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo. E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo. - Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha? - Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia... - Eu sei, eu sei... - disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido... Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou: - Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista. - Como é que você sabe? - Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei... Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante... - Ele chutaria para fora.
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou:
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio... - E o que aconteceu? - perguntamos os três em uníssono. - Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris? - Você... - Morri com 28 anos. - Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo... - E ter levado o chute na cabeça... - Foi melhor - continuei - ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado... - Você deve estar brincando! - disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado. - Quem é você? - Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público. Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra.
As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas. - Quem é você? - perguntei. - Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice. - E...? Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo...
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito. Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado.
LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO
Agora mesmo, neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário -, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo. E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo. - Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha? - Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia... - Eu sei, eu sei... - disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido... Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou: - Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista. - Como é que você sabe? - Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei... Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante... - Ele chutaria para fora.
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou:
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio... - E o que aconteceu? - perguntamos os três em uníssono. - Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris? - Você... - Morri com 28 anos. - Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo... - E ter levado o chute na cabeça... - Foi melhor - continuei - ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado... - Você deve estar brincando! - disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado. - Quem é você? - Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público. Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra.
As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas. - Quem é você? - perguntei. - Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice. - E...? Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo...
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito. Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado.
LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO
24 de fevereiro de 2009
22 de fevereiro de 2009
TJ-PE 2007
56. Entende-se por estado crepuscular um estreitamento
(A) transitório da consciência, com a conservação de uma atividade mais ou menos coordenada.
(B) da inconsciência que interfere na noção de realidade.
(C) da memória que faz com que o enfermo apresente delírios e visões de animais.
(D) da visão que restringe a diferenciação de formas e cores.
(E) total da consciência, fazendo com que o real e o imaginário convivam na mesma dimensão.
Estado Crepuscular é um estreitamento transitório da consciência, com a conservação de uma atividade mais ou menos coordenada, mais ou menos automática. Normalmente há falsa aparência de que o paciente está compreendendo a situação. Em geral, a percepção do mundo exterior é imperfeita ou de todo inexistente.
Neste estado o paciente parece estar totalmente voltado para dentro. Perambula como que ausente psiquicamente, automático e sem objetivos claramente definidos. O pensamento pode ser comparado a uma vivência onírica, pouco clara e da qual as lembranças são embasadas e turvas, não raras vezes nada é lembrado depois de passado o episódio do Estado Crepuscular. Pode manifestar-se um pavor irracional ou uma agressividade extremada durante a crise. Entre as patologias que comumente proporcionam o Estado Crepuscular a Epilepsia tem lugar destacado mas não monopoliza todos os pacientes que apresentam este quadro. Situações psicotiformes reativas e vivências muito traumáticas podem "empurrar" o paciente para este estado de afastamento momentâneo de uma realidade sofrível.
(A) transitório da consciência, com a conservação de uma atividade mais ou menos coordenada.
(B) da inconsciência que interfere na noção de realidade.
(C) da memória que faz com que o enfermo apresente delírios e visões de animais.
(D) da visão que restringe a diferenciação de formas e cores.
(E) total da consciência, fazendo com que o real e o imaginário convivam na mesma dimensão.
Estado Crepuscular é um estreitamento transitório da consciência, com a conservação de uma atividade mais ou menos coordenada, mais ou menos automática. Normalmente há falsa aparência de que o paciente está compreendendo a situação. Em geral, a percepção do mundo exterior é imperfeita ou de todo inexistente.
Neste estado o paciente parece estar totalmente voltado para dentro. Perambula como que ausente psiquicamente, automático e sem objetivos claramente definidos. O pensamento pode ser comparado a uma vivência onírica, pouco clara e da qual as lembranças são embasadas e turvas, não raras vezes nada é lembrado depois de passado o episódio do Estado Crepuscular. Pode manifestar-se um pavor irracional ou uma agressividade extremada durante a crise. Entre as patologias que comumente proporcionam o Estado Crepuscular a Epilepsia tem lugar destacado mas não monopoliza todos os pacientes que apresentam este quadro. Situações psicotiformes reativas e vivências muito traumáticas podem "empurrar" o paciente para este estado de afastamento momentâneo de uma realidade sofrível.
FONTE: http://virtualpsy.locaweb.com.br/dicionario_janela.php?cod=243
20 de fevereiro de 2009
MOMENTO: PERGUNTE PRA ELE.
Questões prefeitura de lagoa grande-PE -2007
21. Sigmund Freud interessou-se primeiramente por:
a) Neurose
b) Histeria
c) Perversão
d) Psicose
e) Teorias psicodinâmicas
31. Lacan foi:
a) Psicanalista e poeta
b) Psicanalista e filósofo
c) Psicanalista
d) Psicanalista e advogado
e) Filósofo
34. Piaget foi:
a) Zoólogo
b) Biólogo
c) Filósofo
d) Psicólogo
e) Todas as alternativas
37. São escritos de Lacan, exceto:
a) O seminário sobre "A carta roubada"
b) Para-além do "Princípio de realidade"
c) A agressividade em psicanálise
d) Quando falar em psicanálise
e) A coisa freudiana
39. O termo neurose foi criado por:
a) William Cullen
b) Sigmund Freud
c) Alfred Adler
d) Jean Piaget
e) Lacan
al. Neurose; esp. neurosis; fr. névrose; ingl. neurosis
Termo proposto em 1769 (alguns afirmam que foi em 1777), pelo médico escocês William Cullen (1710-1790) para definir as doenças nervosas que acarretavam distúrbios da personalidade. Foi popularizado na França por Philippe Pinel (1745-1826) em 1785. Retomado como conceito por Sigmund Freud a partir de 1893, o termo é empregado para designar uma doença nervosa cujos sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil.
Com o desenvolvimento da psicanálise, o conceito evoluiu, até finalmente encontrar lugar no interior de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose e da perversão.
FONTE:
http://www.redepsi.com.br/portal/modules/wordbook/entry.php?entryID=679
21. Sigmund Freud interessou-se primeiramente por:
a) Neurose
b) Histeria
c) Perversão
d) Psicose
e) Teorias psicodinâmicas
31. Lacan foi:
a) Psicanalista e poeta
b) Psicanalista e filósofo
c) Psicanalista
d) Psicanalista e advogado
e) Filósofo
34. Piaget foi:
a) Zoólogo
b) Biólogo
c) Filósofo
d) Psicólogo
e) Todas as alternativas
37. São escritos de Lacan, exceto:
a) O seminário sobre "A carta roubada"
b) Para-além do "Princípio de realidade"
c) A agressividade em psicanálise
d) Quando falar em psicanálise
e) A coisa freudiana
39. O termo neurose foi criado por:
a) William Cullen
b) Sigmund Freud
c) Alfred Adler
d) Jean Piaget
e) Lacan
al. Neurose; esp. neurosis; fr. névrose; ingl. neurosis
Termo proposto em 1769 (alguns afirmam que foi em 1777), pelo médico escocês William Cullen (1710-1790) para definir as doenças nervosas que acarretavam distúrbios da personalidade. Foi popularizado na França por Philippe Pinel (1745-1826) em 1785. Retomado como conceito por Sigmund Freud a partir de 1893, o termo é empregado para designar uma doença nervosa cujos sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil.
Com o desenvolvimento da psicanálise, o conceito evoluiu, até finalmente encontrar lugar no interior de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose e da perversão.
FONTE:
http://www.redepsi.com.br/portal/modules/wordbook/entry.php?entryID=679
19 de fevereiro de 2009
Regressão
Dá-se a regressão:“Quando, num sonho, uma idéia é novamente transformada na imagem sensorial de que originalmente se derivou, isto é, quando se produz alucinatoriamente a experiência original” (pág. 81).
Por que o sonho se apresenta como uma história confusa e desconexa?
Por que o sonho é um fenômeno regressivo, a excitação ao retornar da extremidade motora do aparelho até a extremidade sensória atingindo o sistema perceptivo, passa do Pcs/Cs para o Ics onde as relações lógicas do Pcs/Cs não possuem nenhum valor.
Como fenômeno regressivo o sonho seria o resultado da atração exercida pelas marcas mnêmicas das experiências infantis que lutariam por encontrar uma expressão atual na consciência “o que ‘atrai’ é um fato real vivido na infância e cujo traço é reinvestido. A ‘cena infantil’ à qual Freud se refere é uma cena real; a fantasia desempenha, nesse caso, um papel secundário” (pág. 82). Freud afirma que o sonho também ocorre uma regressão à própria infância da espécie, “é nesse ponto que o sonho se encontra com o mito, ambos sendo expressões dissimuladas do desejo” (pág. 83).
Freud vai diferenciando a noção de regressão resultando em três espécies:
1. Regressão tópica: No sentido tópico, a regressão é o retorno da excitação, através dos sistemas que compõe o aparelho psíquico, do pcs/cs para o ics.
2. Regressão temporal: Designa o retorno do individuo a estruturas psíquicas mais antigas.
3. Regressão formal: Designa a passagem a modos de expressão mais primitivos.
“As três espécies de regressão se implicam mutuamente, a ponto de podermos dizer que são, no fundo, apenas uma, pois o que é mais antigo no tempo, é, em geral, mais primitivo na forma e está mais próximo da extremidade perceptiva”. (pág. 82).
A realização de desejos (sonho como realização de desejos)
Um desejo é uma idéia ou um pensamento, o material disponível à elaboração onírica consiste em pensamentos, esses pensamentos precisam ser distorcidos para não serem identificáveis pela consciência, “é esse material ideativo que constitui o conteúdo latente do sonho, que, transformado pela elaboração onírica, vai aparecer como conteúdo manifesto” (pág. 84).
De onde se originam os desejos que se realizam nos sonhos?
1. Restos diurnos não satisfeitos: Desejos despertos durante o dia e que por algum motivo externo não foram satisfeitos, pertencem ao pcs/cs.
2. Restos diurnos recalcados: Desejos que surgiram durante o dia, que foram suprimidos, pertencentes ao Pcs/cs que foram transferidos para o Ics.
3. Desejos que pertencem ao Ics e emergem durante o sono.
4. Desejos oníricos que são impulsos decorrentes de estímulos noturnos (fome, sede, sexo, etc.).
Sendo que nem todos os desejos são capazes de produzir um sonho, os desejos capazes de produzir um sonho são os que pertencem ao ICS.
“Para que um desejo pré-consciente funcione como induzidor de um sonho, faz-se necessário que ele se apóie sobre um desejo inconsciente” (pág. 85).
Os desejos provenientes do sistema inconsciente encontram-se disponíveis para a expressão consciente, mas são impedidos pela censura, ela pode ser burlada quando o desejo inconsciente transfere sua intensidade para um impulso do consciente cujo conteúdo ideativo funcione apenas como um indicador do desejo original.
O caminho percorrido pelo desejo na formação do sonho:
Um desejo inconsciente (depois da transferência para os resíduos diurnos) abandona o Ics e penetram no Pcs/Cs, mas sua progressão é detida pelo sono do Pcs/Cs, “a partir daí, o processo é invertido e tem início seu caminho regressivo cuja força propulsora é a atração exercida pelos grupos de lembranças inconscientes. Não havendo nada que detenha o processo regressivo, ele termina na ativação do sistema perceptivo, produzindo de modo alucinatório, a realização do desejo”. (pág. 85).
Como explicar o fato de que há sonhos desagradáveis?
Por que é mais fácil para a elaboração onírica alterar o conteúdo do sonho do que o sentido dos afetos.
“Os pensamentos oníricos aflitivos são transformáveis pelo trabalho do sonho, mas os afetos, mais resistentes à mudança, podem permanecer inalterados no sonho manifesto”. (pág. 86).
Outra questão seria a quem o sonho deve proporcionar prazer, se o sonhador que deseja, repudia e censura seus desejos?"As exigências do Ics não são as mesmas do Pcs/Cs. O mesmo acontecimento pode provocar prazer a nível do sistema inconsciente e ansiedade a nível do sistema pré-consciente” (pág. 86).
O caráter desagradável do sonho vem do fato que seu conteúdo escapou, em parte, à ação da censura, esse desejo inconsciente é inaceitável a consciência produzindo assim, ansiedade. Existem também os sonhos de punição, eles são desagradáveis, e são realizações de desejo. “O desejo do sonhador de se punir por ter um desejo proibido” (pág. 86).
in GARCIA-ROZA, A. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, págs 81 a 86.
18 de fevereiro de 2009
EU ME INCOMODEI
Estou surpresa com isso, pensei que estava resolvido.Mas eu me incomodei! Devia tá feliz, sei lá, merece, tá colhendo o que planta! Se você planta atritos, você colhe atritos!
Lá vou eu (me) analisar pra saber por que me incomodei ao saber do acontecido, num tenho nada com isso, não fiz nada, não disse nada (nem quando era preciso).(Estou tabalhando isso!)
Sabe! Acho que foi por que por mais injusto que tenha sido, foi na cara, olho no olho! E num lugar onde não há muito com o que contar, isso é uma vantagem!
Lá vou eu (me) analisar pra saber por que me incomodei ao saber do acontecido, num tenho nada com isso, não fiz nada, não disse nada (nem quando era preciso).(Estou tabalhando isso!)
Sabe! Acho que foi por que por mais injusto que tenha sido, foi na cara, olho no olho! E num lugar onde não há muito com o que contar, isso é uma vantagem!
DOIS MONGES
Dois monges em peregrinação iam passando por um rio. Lá avistaram uma menina vestida com toda a elegância, obviamente sem saber o que fazer, já queo rio estava alto e ela não queria estragar suas roupas.
Sem mais cerimônias, um dos monges levou-a nas costas, atravessou-a e depositou-a em solo seco do outro lado.
Então os monges continuaram seu caminho. Porém o outro monge, depois de uma hora, começou a reclamar:
— "Com certeza não é certo tocar uma mulher; é contra
os mandamentos ter contato íntimo com mulheres. Como
você pode ir contra a lei dos monges?
O monge que carregara a menina seguia em frente em silêncio, mas finalmente observou:
— "Eu a deixei no rio há uma hora. Por que você ainda a está carregando?"
17 de fevereiro de 2009
A PRIMEIRA TÓPICA - Os sistemas Ics, Pcs e Cs
A primeira representação do aparelho seria a de um conjunto formado por dois sistemas:
1. Sistema perceptivo-pcpt=localizado na extremidade sensória do aparelho, recebe estímulos.
2. Sistema motor- M =Ficaria localizado na extremidade motora, daria acesso à atividade motora.
“o aparelho psíquico deve construir-se como um aparelho reflexo. Os processos reflexos continuam a ser o modelo de todas as funções psíquicas”.(Freud, A interpretação dos sonhos, cap. VII)
Um esquema demasiado simples para fenômenos tão complexos, uma questão seria que as percepções deixavam traços de memória na extremidade sensória o que seriam modificações permanentes dos elementos do sistema, como o mesmo sistema não poderia desempenhar simultaneamente as funções de percepção e memória era preciso fazer uma distinção entre a parte responsável pela recepção de estímulos (pcpt) e a parte responsável pelo armazenamento dos traços (Mnem).
“Suporemos que um sistema logo na parte frontal do aparelho recebe os estímulos perceptivos, mas não preserva nenhum traço deles, e portanto, não tem memória, enquanto, por trás dele, há um segundo sistema que transforma as excitações momentâneas do primeiro em traços permanentes”.(Freud, A interpretação dos sonhos, cap. VII)
Um sistema (pcpt) recebe os estímulos perceptivos, há vários sistemas mnêmicos (com função de armazenamento e de associação, ficando o primeiro sistema aberto para novos estímulos) que recebem as excitações do primeiro sistema as transformando em traços permanentes.
As associações entre os traços ocorrem apenas no interior dos sistemas mnêmicos, ocorrendo tanto pela diminuição das resistências quando pelo estabelecimento de caminhos facilitadores.
Essa representação ainda era insuficiente, já que com a noção de elaboração onírica existiria uma instância crítica cuja função era excluir da consciência a atividade de outra instância “essa instancia crítica só poderia ser localizada na extremidade motora do aparelho por causa da sua maior relação com a consciência; que era a instância criticada. Essa instância é também responsável por nossas ações voluntárias e conscientes” (pág. 80).
Substituindo essas instancias por sistemas, temos o esquema final do aparelho psíquico.
“Pela posição que ocupa no interior do aparelho o sistema Ics só pode ter acesso à consciência através do sistema Pcs/Cs. Qualquer que seja o conteúdo do Ics, ele só poderá ser conhecido se transcrito - e, portanto modificado e distorcido - pela sintaxe do Pcs/Cs.” (pág. 81).
É no inconsciente onde existe o impulso à formação dos sonhos Devido à diminuição da censura durante o sono, o desejo inconsciente liga-se a pensamentos oníricos pertencentes ao Pcs/Cs que procuram uma forma de acesso à consciência.
“Enquanto na vigília o processo de excitação percorre normalmente o sentido progressivo, nos sonhos e nas alucinações a excitação percorre o caminho inverso, isto é, caminha no sentido da extremidade sensória até atingir o sistema pcpt, produzindo um reinvestimento de imagens mnêmicas. É a esse caminho ‘para trás’ da excitação que Freud dá o nome de ‘regressão’.(pág. 81).
in GARCIA-ROZA, A. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, pags 76 a 81.
FREUD, SIGMUND in A Interpretação dos Sonhos
16 de fevereiro de 2009
(não) ADIANTA CHORAR
15 de fevereiro de 2009
A humilhação na sala de aula
Depois de várias notícias sobre os trotes universitários encontrei um artigo muito interessante que olha por um ângulo muito pouco falado, o artigo fala especificamente na aula-trote (e eu achei engraçado na minha época!) e tava pensando em fazer isso esse ano (Minha culpa! Minha máxima culpa!).
Sobre a atualidade dos tabus com relação aos professores
É o desejo do elogio e, principalmente, o medo de ser insultado e humilhado diante de todos os colegas, que fazem com que o aluno se concentre no conteúdo transmitido a fim de que não cometa erros que o transformem num alvo do escárnio sarcástico do professor. O eco de uma repreensão, do tipo: "Então tu não entendes uma coisa tão fácil? Andas com o espírito a passear?", reverbera por um tempo muito maior do que o desejado na mente do aluno humilhado, pois é atualizado no sorriso sarcástico do colega que aprendeu muito bem a lição sadomasoquista de seu mestre: Fique atento! O próximo a ser objeto de gozação pode ser você!
De fato, há oportunidades nas quais os alunos conseguem descarregar em outros colegas aquele ressentimento reprimido, bem como a sensação de onipotência que é prazerosamente fruída quando eles se assemelham aos professores que os agrediram. Uma dessas ocasiões é a chamada aula-trote, realizada na universidade, terreno extremamente fértil para o recrudescimento da explosiva relação entre soberba intelectual (afinal, a universidade é considerada o reduto da produção do conhecimento) e ressentimento "pedagógico". Nessa "aula" que os alunos veteranos ministram aos seus calouros, não por acaso com a conivência dos professores e da universidade, o veterano que se faz de professor e humilha os novatos com bordões autoritários, tais como a ameaça de reprovação, caso o aluno se atrase para a aula, atualiza, ainda que de forma caricata, as mesmas reclamações que os alunos têm de seus professores durante o cotidiano universitário, tal como a falta de diálogo entre os professores e os próprios alunos sobre o conteúdo da disciplina, por exemplo.
A identificação masoquista dos veteranos que abraçam efusivamente os apavorados calouros no final da aula-trote já acena para a legitimação da vingança sádica desses calouros que, no próximo ano, poderão se desforrar da humilhação recebida, na condição de veteranos, nos futuros ingressantes de seus cursos. A aula-trote, que deveria ser um engodo, revela-se uma antecipação daquilo que os calouros vão receber, ainda que de forma mais dissimulada, de seus professores durante o cotidiano universitário. Os alunos veteranos aprenderam muito bem a lição sadomasoquista ensinada por seus mestres: "Suporte com firmeza a sua humilhação, pois você certamente se vingará no próprio colega a dor que teve que reprimir".
Fonte:
ZUIN, Antonio A. S.. Sobre a atualidade dos tabus com relação aos professores. Educ. Soc., Campinas, v. 24, n. 83, Aug. 2003 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010173302003000200005&script=sci_arttext&tlng=pt Acesso 14/02/2009.
Sobre a atualidade dos tabus com relação aos professores
Autor: Antonio Zuin
É o desejo do elogio e, principalmente, o medo de ser insultado e humilhado diante de todos os colegas, que fazem com que o aluno se concentre no conteúdo transmitido a fim de que não cometa erros que o transformem num alvo do escárnio sarcástico do professor. O eco de uma repreensão, do tipo: "Então tu não entendes uma coisa tão fácil? Andas com o espírito a passear?", reverbera por um tempo muito maior do que o desejado na mente do aluno humilhado, pois é atualizado no sorriso sarcástico do colega que aprendeu muito bem a lição sadomasoquista de seu mestre: Fique atento! O próximo a ser objeto de gozação pode ser você!
Ora, os alunos não tardam a descobrir, geralmente de forma frustrada, que os modelos que tinham feito de seus professores estão muito longe de corresponder à realidade. O professor é um ser humano, sujeito a falhas e acertos como qualquer outra pessoa. Mas será que tal frustração é discutida pelos agentes educacionais? Ou será que o professor, sobretudo o universitário, percebe essa sensação de mal-estar dos alunos e, ao invés de assumir que pode errar e acertar como qualquer outro indivíduo, aferra-se a um sentimento de superioridade que se expressa em soberba intelectual quando, no alto de sua cátedra, impinge a sua palavra como sendo a derradeira? O pavor de sentir que não é o deus que fora idealizado pelos alunos, bem como a ameaça de não mais poder gozar do prazer narcísico de tal idolatria, impulsiona-o a utilizar desmesuradamente seu poder de reprovar ou não o aluno. Mas ele não pode insultar de forma explícita, tal como no caso do uso das palmatórias, afinal se trata de uma outra cultura, cujas punições são mais eficientes porque são dissimuladas. Os tempos atuais são muito mais afeitos ao professor universitário que discorda do raciocínio do aluno e escreve na sua dissertação, ao lado da nota atribuída, dizeres do tipo: "Você pensa?"
De fato, há oportunidades nas quais os alunos conseguem descarregar em outros colegas aquele ressentimento reprimido, bem como a sensação de onipotência que é prazerosamente fruída quando eles se assemelham aos professores que os agrediram. Uma dessas ocasiões é a chamada aula-trote, realizada na universidade, terreno extremamente fértil para o recrudescimento da explosiva relação entre soberba intelectual (afinal, a universidade é considerada o reduto da produção do conhecimento) e ressentimento "pedagógico". Nessa "aula" que os alunos veteranos ministram aos seus calouros, não por acaso com a conivência dos professores e da universidade, o veterano que se faz de professor e humilha os novatos com bordões autoritários, tais como a ameaça de reprovação, caso o aluno se atrase para a aula, atualiza, ainda que de forma caricata, as mesmas reclamações que os alunos têm de seus professores durante o cotidiano universitário, tal como a falta de diálogo entre os professores e os próprios alunos sobre o conteúdo da disciplina, por exemplo.
A identificação masoquista dos veteranos que abraçam efusivamente os apavorados calouros no final da aula-trote já acena para a legitimação da vingança sádica desses calouros que, no próximo ano, poderão se desforrar da humilhação recebida, na condição de veteranos, nos futuros ingressantes de seus cursos. A aula-trote, que deveria ser um engodo, revela-se uma antecipação daquilo que os calouros vão receber, ainda que de forma mais dissimulada, de seus professores durante o cotidiano universitário. Os alunos veteranos aprenderam muito bem a lição sadomasoquista ensinada por seus mestres: "Suporte com firmeza a sua humilhação, pois você certamente se vingará no próprio colega a dor que teve que reprimir".
Fonte:
ZUIN, Antonio A. S.. Sobre a atualidade dos tabus com relação aos professores. Educ. Soc., Campinas, v. 24, n. 83, Aug. 2003 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010173302003000200005&script=sci_arttext&tlng=pt Acesso 14/02/2009.
13 de fevereiro de 2009
Depois de algum tempo você aprende...
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e com o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou (...).
William Shakespeare
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e com o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou (...).
William Shakespeare
12 de fevereiro de 2009
Momento: Quem é você.
MPE-PI -2009
Questão 49.
O método de trabalho conhecido como Dinâmica de Grupo foi originalmente criado em 1944 por qual dos autores abaixo relacionados?
O método de trabalho conhecido como Dinâmica de Grupo foi originalmente criado em 1944 por qual dos autores abaixo relacionados?
A) Elton Mayo
George Elton Mayo chefiou uma experiência em uma fábrica da Western Eletric Company , situada em Chicago, no bairro de Hawthorne como conseqüência imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne surgiu nos estados unidos a Teoria das Relações Humanas como um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração.
B) Wilfred Bion
Bion foi um psicanalista que integrou várias idéias psicanalíticas freudianas e kleinianas, pode-se dividir sua obra : Década de 40 experimentos com grupos; a de 50 inspirou-se no funcionamento psicótico, baseado na obra kleiniana,na década posterior, a de 60, Bion consagra-se aprofundando nos atendimentos à pacientes psicóticos.
C) Douglas McGregor
Desenvolveu as teorias X e Y
Para a teoria X o homem é indolente e preguiçoso por natureza, Não gosta de assumir responsabilidade e prefere ser dirigido, é fundamentalmente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos da organização, Persiste-se a mudanças, a sua dependência o torna incapaz de autocontrole e disciplina.
A teoria Y é a moderna concepção de Administração, se baseia na eliminação de preconceitos sobre a natureza humana, seus principais aspectos são: O homem não tem desprazer inerente em trabalhar a aplicação do esforço físico ou mental, em seu trabalho é tão natural quanto jogar e descansar, as pessoas não são resistentes as necessidades da empresa, as pessoas têm motivação básica e padrões de comportamento adequados e capacidades para assumir responsabilidades, ele não só aceita responsabilidades, também as procura, as capacidades de imaginação e de criatividade na solução de problemas é distribuída entre as pessoas.
D) Kurt Lewin
E) Enrique Pichon-Rivière
É considerado como o verdadeiro fundador do freudismo argentino, como conceitos desenvolve a teoria do vinculo e grupo operativo.
Pichon caracteriza grupo como um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, em forma explícita ou implícita, à uma tarefa que constitui sua finalidade. Dentro deste processo, o indivíduo é visto como um resultante dinâmico no interjogo estabelecido entre o sujeito e os objetos internos e externos, e sua interação dialética através de uma estrutura dinâmica que Pichon denomina de vínculo.
Vínculo é definido como "uma estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto, e sua mútua interelação com processos de comunicação e aprendizagem." (Pichon, 1988)
Ao elaborar a teoria do vínculo, Pichon a diferencia da teoria das relações de objeto concebida pela Psicanálise (que descreve as possíveis relações de um sujeito com o objeto sem levar em conta a volta do objeto sobre o sujeito, isto é, uma relação linear), propondo, então, o estudo da relação como uma espiral dialética onde tanto o sujeito como o objeto se realimentam mutuamente.
A teoria do vínculo também pode ser enunciada como uma estrutura triangular, ou seja, todo o vínculo é bi-corporal, mas como em toda a relação humana, há um terceiro interferindo, olhando, corrigindo e vigiando (alguns aspectos do que Freud chamou como complexo superego). Esta estrutura inclui no esquema de referência o conceito de um mundo interno em interação contínua, origem das fantasias inconscientes.
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elton_Mayo
http://www.professorcezar.adm.br/Textos/Teoria%20das%20relacoes%20humanas.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfred_Bion
http://groups.msn.com/009u0m3c6278gi/general.msnw?action=get_message&mview=1&ID_Message=3923
http://nutep.adm.ufrgs.br/adp/tcomportamental.html
http://www.neaad.ufes.br/subsite/psicologia/obs36enrique%20pichon.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enrique_Pichon_Rivi%C3%A8re
http://www.geocities.com/pichon_br/vinculo.htm
http://www.professorcezar.adm.br/Textos/Teoria%20das%20relacoes%20humanas.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfred_Bion
http://groups.msn.com/009u0m3c6278gi/general.msnw?action=get_message&mview=1&ID_Message=3923
http://nutep.adm.ufrgs.br/adp/tcomportamental.html
http://www.neaad.ufes.br/subsite/psicologia/obs36enrique%20pichon.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enrique_Pichon_Rivi%C3%A8re
http://www.geocities.com/pichon_br/vinculo.htm
11 de fevereiro de 2009
eu analiso, tu analisas,ele/ela analisa,nós analisamos, vós analisais...
Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia.
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é ... - Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo ...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.
- Na verdade sou só eu.
- Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar .
- Entendo.
- A senhora também .
- Me chama de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra.
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é ...
- No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos.
- É que estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo,decidi que gostaria de conhecê-la . Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmos, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler ...
- Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através dos lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos
outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo.
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?
- É. Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha.
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu...
LIXO, LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO
- Bom dia.
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é ... - Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo ...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.
- Na verdade sou só eu.
- Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar .
- Entendo.
- A senhora também .
- Me chama de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra.
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é ...
- No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos.
- É que estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo,decidi que gostaria de conhecê-la . Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmos, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler ...
- Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através dos lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos
outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo.
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?
- É. Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha.
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu...
LIXO, LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO
10 de fevereiro de 2009
Tudo novo de novo
TÔ precisando dá certo!
Jovem redator faz de Obama um orador brilhante
Por Francisco Peregil
Um homem pratica esporte em Washington perto do memorial de Abraham Lincoln, diante da imponente estátua do presidente que em 1863 proclamou o fim da escravidão. Ali mesmo, em 28 de agosto de 1963, sob as palavras de Lincoln gravadas no mármore, Martin Luther King pronunciou seu legendário discurso "Eu tenho um sonho".Jon Favreau para de correr e pensa no que sabe que não deveria pensar: amanhã estarão no Memorial a Lincoln milhões de pessoas para ouvir o discurso de Barack Obama, um discurso que durará 20 minutos e no qual este homem de 27 anos trabalhou durante mais de dois meses.
Semanas antes das férias do Natal, Obama e seu conselheiro David Axelrod se reuniram em Chicago com Favreau para lhe dar as diretrizes do que deveria ser o discurso. Assobiaram a música sabendo que Favreau colocaria a melhor letra. Ele estudou os discursos de posse de outros presidentes, reuniu-se com Peggy Noonan, redatora dos discursos de Ronald Reagan, encarregou um membro de sua equipe de estudar os pronunciamentos presidenciais em tempos de crise e outro de entrevistar vários historiadores. Bill Burton, porta-voz de Obama, disse a Favreau: "Você percebe que o que está escrevendo as pessoas vão pendurar em cartazes em seus quartos?" Mas se pensasse nisso Favreau ficava paralisado. Se pensasse que desde 20 de janeiro passaria a ser o redator de discursos mais jovem que já trabalhou na Casa Branca e que suas palavras poderão um dia ser gravadas em mármore, não avançava.
Favreau prefere continuar sendo Favs, o rapaz que leva o computador portátil para as lanchonetes e escreve dali enquanto se comunica com seus amigos no site Facebook, o sujeito que comprou um apartamento de um quarto em Washington e o mobiliou apenas com um colchão inflável, o escritor que durante a campanha eleitoral declarou que não tinha namorada e que muita gente, quando lhe perguntava qual era sua ocupação, não acreditava que fosse o redator de Obama.
Em meados de setembro o jornal "The Washington Post" colocou Favreau em sua capa. O grande tema era o primeiro discurso do primeiro presidente negro. Favreau falou do medo que o paralisa quando passa diante da estátua de Lincoln e de sua comunicação com Obama, que declarou várias vezes que, mais que um redator, ele parece "um leitor de mentes". Favreau também contou que até alguns meses atrás dividia um apartamento com seis amigos, quase não se barbeava, nunca cozinhava e costumava ficar até de madrugada jogando videogame.
Obama, que já escreveu dois livros autobiográficos, e Favreau criaram alguns dos discursos mais memoráveis das últimas décadas, o que é dizer muito em um país onde o discurso político tem o grau de gênero literário e as palavras de presidentes como Franklin D. Roosevelt - "A única coisa da qual devemos ter medo é o próprio medo" - ou John Fitzgerald Kennedy - "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer por seu país" - fazem parte da memória coletiva.
Em março de 2008, em plena campanha eleitoral, Jeremiah Wright, o sacerdote que casou Obama e batizou suas duas filhas, pediu "que Deus amaldiçoe a América" por causa do racismo. Quando Obama enfrentou a polêmica com um discurso sobre o racismo que incendiou negros e brancos e foi qualificado de histórico por centenas de jornais - "A raiva é real, é poderosa e o simples fato de desejar que desapareça, ou condená-la sem entender suas raízes, só serve para aumentar o abismo da falta de entendimento que existe entre as raças" -, a pluma de Favreau já estava cumprindo seu trabalho. Cinco meses depois, em Denver, quando Obama colocou no bolso os delegados democratas com seu discurso para uma platéia de 38 milhões de telespectadores - "Temos mais riqueza que ninguém, mas isso não nos torna ricos. Temos as maiores forças armadas da terra, mas não é isso que nos faz fortes. Nossas universidades e nossa cultura são a inveja do mundo, mas não é por isso que o mundo se aproxima de nós. É o espírito americano, essa promessa americana que nos empurra quando o caminho se torna incerto. Essa promessa constitui nossa maior herança" -, Favreau também havia feito seu trabalho. Na noite em que Obama ganhou as eleições e pronunciou um discurso em Chicago - "Se ainda resta por aí alguém que duvida que os EUA são um lugar onde tudo é possível..." - que comoveu milhões de cidadãos, Favreau também tinha pronto o da derrota, caso seu chefe perdesse.
A história de Favreau como grande escritor começou em um verão quatro anos atrás em Boston, quando tinha só 23 anos e trabalhava para o candidato democrata à presidência, John Kerry. Favreau viu atrás do palco da convenção um senador ensaiando seu discurso e não hesitou em aconselhar que ele suprimisse uma frase porque parecia redundante. O senador era Barack Obama. E o discurso que ensaiava era uma peça brilhante que marcaria um antes e um depois na política americana. Mas Favreau se atreveu a fazer aquela sugestão. "Obama me olhou um pouco confuso, como que dizendo 'Quem é esse garoto?'", declarou Favreau a vários veículos da mídia. No ano seguinte Favreau ficou desempregado e pediu uma entrevista com Obama para trabalhar como redator de discursos do senador. Depois de meia hora conversando sobre a família e o beisebol, Obama lhe perguntou qual era sua teoria sobre os discursos. E Favreau, que acabara de se formar em ciências políticas na Universidade Holy Cross de Worcester (Massachusetts), disse: "Um discurso pode ampliar o círculo de pessoas a quem essa coisa interessa. É como dizer à pessoa que sofreu: 'Eu a escuto'. Mesmo que você esteja decepcionado e cínico em relação à política do passado, porque tem boas razões para se sentir assim, podemos ir na direção correta. Me dê apenas uma oportunidade'". Obama a deu a Favreau. Ele fez o mesmo com Adam Frankel, 26, e Ben Rhodes, 30, que trabalharam sob suas ordens na campanha. E juntos se encarregaram de buscar as melhores palavras de ânimo em uma época desanimadora.
FONTE:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2009/01/21/ult581u3012.jhtm
9 de fevereiro de 2009
PREFEITURA DE SÃO LUIZ-2008-CESPE/UNB
Acerca dos sintomas característicos da Síndrome de Burnout, julgue os itens seguintes.
87 Super-investimento com prolongação do tempo de trabalho e diminuição da produtividade são sintomas do Burnout. (C). (super-investimento ....????????)
87 Super-investimento com prolongação do tempo de trabalho e diminuição da produtividade são sintomas do Burnout. (C). (super-investimento ....????????)
88 Esgotamento emocional, falta de recursos emocionais e atitude de isolamento encontram-se na síndrome de Burnout.(C)
89 Despersonalização com diminuição do sentimento de autorealização, atitude insensível em relação aos colegas e aos pacientes estão presentes na síndrome de Burnout.(C)
90 Humor depressivo com total apatia e nenhuma irritabilidade, sentimento de frustração, diminuição do senso de responsabilidade são sintomas característicos da síndrome de Burnout. (E)
91 Excesso de entusiasmo no trabalho com dificuldade de interromper o trabalho é sintomático da síndrome de Burnout.(E)
O Burnout, trata-se de uma síndrome, ou seja, um conjunto de respostas a situações de estresse ocupacional de reação à tensão emocional crônica com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
Adota-se aqui a perspectiva psicossocial, que torna a síndrome de burnout como um processo, no qual os aspectos do contexto de trabalho e interpessoais contribuem efetivamente para o seu desenvolvimento.
Para Maslach e Jackson a síndrome consiste em uma reação à tensão emocional crônica por tratar excessivamente com outros seres humanos, particularmente quando eles estão preocupados ou com problemas..
Trata-se de síndrome multidimensional, caracterizada por três componentes: exaustão emocional, diminuição da realização pessoal e despersonalização.
Que tem como características principais:
Desgaste ou Exaustão Emocional:. Refere-se a um sentimento de sobrecarga emocional, sendo este um traço fundamental da síndrome, caracterizado pela perda de energia, esgotamento e sentimento de fadiga constante, podendo esses sintomas afetar o indivíduo física ou psiquicamente ou das duas formas. A partir de então, as pessoas acometidas sentem gradativa redução de sua capacidade de produção e vigor no trabalho.
Despersonalização: Geralmente vem acompanhado de ansiedade, aumento da irritabilidade e perda de motivação. O indivíduo se vê cercado de sentimentos negativos para si mesmo e para com os outros. Ocorre uma redução das metas de trabalho, da responsabilidade com os resultados, alienação e conduta egoísta. O indivíduo passa então a isolar-se dos outros como forma de proteção, mantendo uma atitude fria em relação às pessoas, não é mais capaz de lidar com as suas emoção e a dos outros, e começa a tratá-los de forma desumanizada.
Incompetência ou Falta de Realização Pessoal : Sentimento de incompetência pessoal e profissional ao trabalho, o indivíduo passa a apresentar uma série de respostas negativas para consigo e para o trabalho, como, depressão, baixa produtividade, baixa auto-estima e redução das relações interpessoais. Nesta fase, o indivíduo assume uma atividade defensiva com modificações nas suas condutas e atitudes com o objetivo de defender-se dos sentimentos experimentados, tem tendência a avaliar-se negativamente em relação a seu desempenho.
SINTOMAS FÍSICOS
Fadiga constante e progressiva, Dores musculares ou osteomusculares, Distúrbios do sono, Cefaléias, enxaquecas, Perturbações gastrintestinais, Imunodeficiência, Transtornos cardiovasculares, Distúrbios do sistema respiratório:, Disfunções sexuais, Alterações menstruais nas mulheres.
SINTOMAS PSÍQUICOS
Falta de atenção, concentração ,alterações da memória, lentificacão do pensamento, sentimento de alienação, sentimento de solidão, impaciência, sentimento de impotência, labilidade emocional, dificuldade de auto aceitação, baixa auto estima, astenia, desânimo, disforia, depressão, desconfiança, paranóia.
SINTOMAS COMPORTAMENTAIS
Negligencia ou escrúpulo excessivo, condutas aditivas e evitativas, irritabilidade, incremento da agressividade, incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumento do consumo de substâncias, comportamento de alto risco suicídio, existe maior incidência de casos de suicídios entre profissionais da área da saúde do que na população em geral.
SINTOMAS DEFENSIVOS:
Tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, perda do interesse pelo trabalho (e até pelo lazer), absenteísmo, ímpetos de abandonar o trabalho, ironia, cinismo.
Segundo Lima et al (2007) Os Psicólogos, por atuarem na área de saúde mental estão entre a clientela de risco da Síndrome de Burnout. O local de trabalho, portanto, também influencia sensivelmente o grau de realização pessoal no trabalho e a possibilidade de se desenvolver burnout e estresse a partir de um ambiente que exerça pressão nos indivíduos. Especificamente em relação à psicoterapeutas.
Faber (1985), identificou cinco fatores desencadeadores de estresse: manutenção da relação terapêutica, agendamento, dúvida profissionais, envolvimentos excessivos no trabalho e esgotamento pessoal.
REFERÊNCIAS:
BESSANE, A. A., CONCAT0, A. B., ROSSINI, A. B. Revisão de literatura sobre as causas da síndrome de burnout em profissionais de enfermagem. Disponível em http://www.uniandrade.edu.br/links/menu3/publicacoes/revista_enfermagem/artigo082.pdf. Acesso 9/02/2009.
BORGES, Livia Oliveira et al. A síndrome de burnout e os valores organizacionais: um estudo comparativo em hospitais universitários. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2002, v. 15, n. 1, pp. 189-200. ISSN 0102-7972. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n1/a20v15n1.pdf Acesso 9/02/2009.
LIMA, Flávia Dutra et al . Síndrome de Burnout em residentes da Universidade Federal de Uberlândia - 2004. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, Aug. 2007 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S010055022007000200004&lng=en&nrm=iso
. Acesso em: 09 Feb. 2009.
8 de fevereiro de 2009
MPE-PI- Psicólogo - 2009
41. Quais dos procedimentos abaixo relacionados são eticamente compatíveis com as práticas profissionais dos psicólogos?
1) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações de que o psicólogo tenha conhecimento e em que haja implicações pessoais com relação ao mérito da questão.
ART. 2° – Ao psicólogo é vedado:
K) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
2) Ser remunerado por encaminhamento de serviços profissionais que extrapolem seu campo de atuação.
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;
3) Participar de greves ou paralisações.
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma
4) Encaminhar a outros profissionais as demandas que extrapolem seu campo de atuação.
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem seu campo de atuação;
5) Informar a quem de direito os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem os usuários ou beneficiários.
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;
Fonte:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos. Brasília, 2005.
1) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações de que o psicólogo tenha conhecimento e em que haja implicações pessoais com relação ao mérito da questão.
ART. 2° – Ao psicólogo é vedado:
K) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
2) Ser remunerado por encaminhamento de serviços profissionais que extrapolem seu campo de atuação.
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;
3) Participar de greves ou paralisações.
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma
4) Encaminhar a outros profissionais as demandas que extrapolem seu campo de atuação.
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem seu campo de atuação;
5) Informar a quem de direito os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem os usuários ou beneficiários.
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;
Fonte:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos. Brasília, 2005.
6 de fevereiro de 2009
UFPR-PSICÓLOGO 2008
Questão 38
Considerando as pressões internas e externas para a mudança e as resistências oferecidas pelos referenciais culturais, assinale a alternativa que expressa o campo de representação da cultura que é menos previsível e acessível à mudança.
a) Os artefatos captados por meio visual e auditivo: estruturas, processos, eventos, produtos, serviços, padrões de comportamento, símbolos, histórias, heróis, lemas e cerimoniais.
b) Os valores compartilhados: filosofias, estratégias e objetivos que funcionam como justificativas aceitas.
c) As normas ou regras que compõem as políticas expressas da organização.
d) O organograma que sustenta o corpo gerencial-administrativo e determina a ênfase do trabalho (qualidade, custos, clientes) e o processo decisório.
e) As pressuposições básicas dominantes, que prescrevem a maneira de fazer as coisas, ancoradas em crenças inconscientes, percepções e sentimentos.
Toda cultura se apresenta em três diferentes níveis:
Artefatos: constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, são as coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem: produtos, serviços e os padrões de comportamento dos membros de uma organização. Artefatos são todas as coisas ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os símbolos, as histórias , os heróis , os lemas, as cerimônia anuais( mais fácies de decifrar e mudar)
Valores compartilhados: constituem o segundo nível de cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e que definem as razões por que elas fazem o que fazem. Funcionando como justificativas aceitas por todos os membros
Pressuposições básicas: nível mais íntimo e profundo da cultura são crenças inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes. Os aspectos ocultos da cultura organizacional são os mais difíceis de compreender, interpretar, de mudar e sofrer transformações.
Referências:
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas, 3a. edição, Rio de Janeiro, Campus, 2008
5 de fevereiro de 2009
Logoterapia
O sentido da vida, concluiu Frankl, era o segredo da força de alguns homens, enquanto outros, privados de uma razão para suportar o sofrimento exterior, eram acossados desde dentro por um tirano ainda mais pérfido que Hitler - o sentimento de viver uma futilidade absurda.
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho
Nascido em 26 de março de 1905, em Viena, Viktor Frankl, aluno brilhante na juventude, formou-se em medicina, especializando-se em Psiquiatria por volta de 1930, tendo porém escrito seu primeiro livro aos 19 anos. Logo começou a dedicar-se ao estudo da Psicanálise de Sigmund Freud e da Psicologia de Alfred Adler. Galgou então, o cargo de chefe da Clínica de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Viena. Apanhado pela guerra quando dirigia o Hospital Judeu de Viena, foi deportado pelos nazistas, em 1932, para os campos da concentração de Auschwitz o Dachau onde permaneceu até 1945.
Nos anos de sofrimento perdeu o pai, a mãe, um irmão e Tilly, sua mulher grávida. Nesse ambiente de destruição e morte, foi desenvolvendo, nos pedaços de papel que encontrava, a Logoterapia, ou seja, uma forma de filosofia que leva o indivíduo de um sentido para a vida devendo o homem, só menos, ser o principal responsável por seus atos. Ele ensinava seus companheiros dos campos de concentração até passar o dia com um naco de pão de suportar com a máxima intensidade os maus tratos que sofriam.
Para Frankl, nada é mais importante do que a busca pelo sentido da vida. Dizer que esta é um fim em si mesma, equivale a negar-lhe qualquer sentido convertendo o ente humano em vítima indefesa dos fatalismos do destino. Semelhante atitude não passa de um estratagema pseudocientífico; é uma cômoda cobertura, que visa a colocar o homem sob o império de seus impulsos instintivos, ou torná-lo joguete de disposições genéticas irremediáveis, ou ainda, institucionalizar falhas de conduta e desvios caracterológicos, fruto dos defeitos educacionais de seu ambiente familiar e escolar, ou gerados pela pressão social do meio em que vive, fatores contra os quais seria inútil rebelar-se.
Frankl mostra que por mais grave que seja uma doença, física ou mental, o ser humano é dotado de uma dimensão que jamais é atingida: a noética, ou espiritual. É bom insistir que este espiritual nada tem a ver com o espiritualismo místico-religioso, sobrenatural, mas é a instância natural mais nobre e elevada em valores que todo homem possui. Assim, para a logoterapia o homem é uma unidade composta pelo amálgama biopsicosocionoético, e é, exatamente, o noético que Frankl procura alcançar. Acrescentamos, porém, o forte teísmo de Frankl, impregnando todos seus gestos.
Viktor Frankl faleceu em Viena, em 2/9/97, com a idade de 92 anos
Logoterapia
Seu pensamento era que a motivação básica do comportamento do indivíduo é uma busca pelo sentido para sua vida e que a finalidade da terapia psicológica deve ser ajudá-lo a encontrar esse significado particular. Seu interesse é encontrar uma maneira simples de analisar e dar atenção a uma neurose negligenciada, que é a necessidade de se encontrar sentido para a vida.
Para Frankl, a principal preocupação do homem é estabelecer e perseguir um objetivo, e é esta busca que é capaz de dar sentido à sua vida, fazendo para ele valer a pena viver, e não a satisfação de seus instintos e o alívio de tensões como sustenta a psicanálise ortodoxa. Não se trata, portanto, de um sentido para a vida em termos gerais, mas um sentido pessoal para a vida de cada indivíduo, que este escolhe, mas também pode criar.
Frankl teorizou que o indivíduo pode encontrar um sentido para sua vida por três vias:
(1) criando um trabalho ou realizando um feito notável, ou ao sentir-se responsável por terminar um trabalho que depende fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação,
(2) experimentando um valor, algo novo, ou estabelecendo um novo relacionamento pessoal. “Este é também o caso de uma pessoa que está consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a ama e espera por ela”;
(3) pelo sofrimento, adotando uma atitude em relação a um sofrimento inevitável, se tem consciência de que a vida ainda espera muito de sua contribuição para com os demais.
Referências:
http://www.redepsi.com.br/portal/modules/wordbook/entry.php?entryID=1747
http://www.oraetlabora.com.br/artigos/logoterapia.htm
http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/1258/material/A%20Fenomenologia%20de%20VIKTOR%20FRANKL%20e%20Rollo%20May.doc
http://www.oindividuo.com/convidado/olavo1.htm
4 de fevereiro de 2009
MPE-PI PSICÓLOGO 2009
QUESTÃO 50.
Segundo Abraham Maslow, as motivações no ambiente de trabalho obedecem a uma hierarquia que prioriza os fatores motivacionais, estabelecendo uma ordem seqüencial de necessidades dos indivíduos.
Analise as necessidades relacionadas a seguir:
1) Necessidades de estima.
2) Necessidades fisiológicas.
3) Necessidades sociais.
4) Necessidades de auto-realização.
5) Necessidades de segurança e proteção.
A ordem hierárquica sequencial de necessidades é:
A) 1, 2, 4, 3, 5
B) 3, 2, 5, 1, 4
C) 5, 2, 3, 4, 1
D) 2, 3, 5, 4, 1
E) 2, 5, 3, 1, 4
Abraham Maslow formulou uma teoria com base na hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas assumem o predomínio do seu comportamento.
A > Fisiológicas: ar, comida, repouso, abrigo, sexo.
B > Segurança: proteção contra o perigo ou privação, no trabalho (benefícios, salário, condições seguras).
C > Sociais: amizade, inclusão em grupos, sentimento de aceitação à família organizacional.
D > Auto-estima: reputação, reconhecimento, auto-respeito.
E > Auto-realização: utilização dos talentos, realização do potencial.
Segundo Abraham Maslow, as motivações no ambiente de trabalho obedecem a uma hierarquia que prioriza os fatores motivacionais, estabelecendo uma ordem seqüencial de necessidades dos indivíduos.
Analise as necessidades relacionadas a seguir:
1) Necessidades de estima.
2) Necessidades fisiológicas.
3) Necessidades sociais.
4) Necessidades de auto-realização.
5) Necessidades de segurança e proteção.
A ordem hierárquica sequencial de necessidades é:
A) 1, 2, 4, 3, 5
B) 3, 2, 5, 1, 4
C) 5, 2, 3, 4, 1
D) 2, 3, 5, 4, 1
E) 2, 5, 3, 1, 4
Hierarquia das necessidades
Abraham Maslow formulou uma teoria com base na hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas assumem o predomínio do seu comportamento.
A > Fisiológicas: ar, comida, repouso, abrigo, sexo.
B > Segurança: proteção contra o perigo ou privação, no trabalho (benefícios, salário, condições seguras).
C > Sociais: amizade, inclusão em grupos, sentimento de aceitação à família organizacional.
D > Auto-estima: reputação, reconhecimento, auto-respeito.
E > Auto-realização: utilização dos talentos, realização do potencial.
3 de fevereiro de 2009
Profissionais da escuta
Por juliana godoy
Se você tem aquela mania de analisar os seus amigos, adora escutar quando alguns deles querem desabafar e ainda tenta encontrar respostas para todos os problemas, sem sombra de dúvidas você tem vocação para a psicologia.
Mas não pense que é só abrir as orelhas e pronto. Ser psicólogo exige mais do que apenas escutar. Requer muito estudo, dedicação e força de vontade por parte dos alunos.
Antes mesmo de entrar para a faculdade os interessados no curso precisam saber de alguns detalhes sobre a profissão. Primeiro que é preciso ter o perfil adequado. Não adianta só saber escutar os outros, é preciso vocação para encarar o trabalho. "Apesar de ser um profissional basicamente de escuta, o psicólogo tem que saber como fazer para os pacientes se abrirem. Ele precisa criar condições para que as pessoas falem", avisa o coordenador do curso de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Willher Nogueira. O que os alunos também devem saber antes de escolher psicologia no vestibular é que dinheiro não é o mais importante na profissão. "A pessoa precisa ir (para a universidade) motivada pelo o humano em contextos bons ou ruins e não por outros fatores", afirma Nogueira.
A estudante Juliana Dourado, 28 anos, vai se formar no começo deste ano e garante: dinheiro não foi a sua motivação. "Quis fazer a faculdade por acreditar no trabalho dos psicólogos", explica. Juliana conta que seu interesse sempre foi lidar com a saúde das pessoas, ela só não sabia que área seguir. Chegou a cursar até alguns períodos de medicina no Rio de Janeiro, mas viu que aquela não era a sua praia. "Fui para lá sem saber direito o que queria e quando o curso começou vi que medicina estava fora dos meus planos. Voltei para cá e fiz a prova para psicologia", lembra. A decisão pelo curso, que é da área de humanas, apesar de parecer de saúde, não aconteceu por acaso. A jovem faz análise desde os 14 anos e com o tempo se sentiu influenciada por sua terapeuta. "Comecei a perceber que a terapia estava dando certo, então passei a acreditar naquele trabalho. Vi que se funcionou comigo também funcionaria com as outras pessoas e eu poderia ajudar nisso", explica Dourado que, para concluir o curso, fez estágio na clínica da faculdade e hoje já tem emprego garantido em um hospital.
FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/0/26/economia1_0.asp
Se você tem aquela mania de analisar os seus amigos, adora escutar quando alguns deles querem desabafar e ainda tenta encontrar respostas para todos os problemas, sem sombra de dúvidas você tem vocação para a psicologia.
Mas não pense que é só abrir as orelhas e pronto. Ser psicólogo exige mais do que apenas escutar. Requer muito estudo, dedicação e força de vontade por parte dos alunos.
Antes mesmo de entrar para a faculdade os interessados no curso precisam saber de alguns detalhes sobre a profissão. Primeiro que é preciso ter o perfil adequado. Não adianta só saber escutar os outros, é preciso vocação para encarar o trabalho. "Apesar de ser um profissional basicamente de escuta, o psicólogo tem que saber como fazer para os pacientes se abrirem. Ele precisa criar condições para que as pessoas falem", avisa o coordenador do curso de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Willher Nogueira. O que os alunos também devem saber antes de escolher psicologia no vestibular é que dinheiro não é o mais importante na profissão. "A pessoa precisa ir (para a universidade) motivada pelo o humano em contextos bons ou ruins e não por outros fatores", afirma Nogueira.
A estudante Juliana Dourado, 28 anos, vai se formar no começo deste ano e garante: dinheiro não foi a sua motivação. "Quis fazer a faculdade por acreditar no trabalho dos psicólogos", explica. Juliana conta que seu interesse sempre foi lidar com a saúde das pessoas, ela só não sabia que área seguir. Chegou a cursar até alguns períodos de medicina no Rio de Janeiro, mas viu que aquela não era a sua praia. "Fui para lá sem saber direito o que queria e quando o curso começou vi que medicina estava fora dos meus planos. Voltei para cá e fiz a prova para psicologia", lembra. A decisão pelo curso, que é da área de humanas, apesar de parecer de saúde, não aconteceu por acaso. A jovem faz análise desde os 14 anos e com o tempo se sentiu influenciada por sua terapeuta. "Comecei a perceber que a terapia estava dando certo, então passei a acreditar naquele trabalho. Vi que se funcionou comigo também funcionaria com as outras pessoas e eu poderia ajudar nisso", explica Dourado que, para concluir o curso, fez estágio na clínica da faculdade e hoje já tem emprego garantido em um hospital.
FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/0/26/economia1_0.asp
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