28 de março de 2016

O jogo de Areia -Sandplay


 O jogo de areia (sandplay) é uma técnica terapêutica predominantemente não verbal criada pela analista junguiana, Dora Kalff, na década de 1950, na Suíça. Consiste, basicamente, na confecção de cenas com o uso de miniaturas representativas de várias dimensões do universo, em uma caixa de madeira com fundo azul, contendo areia seca ou molhada. O toque na areia, a construção de cenas e a transformação dos cenários parecem, por si só, eliciar o duplo processo de cura e de transformação, que são a meta da terapia. Nesse caso, a psique do paciente torna-se um guia mais seguro do que a própria técnica do terapeuta. Ao brincar com a areia, o paciente pode entrar em contato com os aspectos autocurativos presentes em seu inconsciente. As partículas de areia, criadas pela desintegração de rochas, são ideais para dar forma às imagens simbólicas, que possibilitam uma conexão entre a consciência e o inconsciente. Os limites da caixa e a relação de empatia com o terapeuta oferecem um espaço que, ao mesmo tempo, provê a liberdade de expressão e a continência protetora, o que encoraja a criança ou o adulto a experienciar sua vivência num contexto seguro e sem interpretações.

Apesar da proposta inicial de Kalff caracterizar jogo de areia no contexto de psicoterapia individual de longo prazo, nos últimos anos o jogo tem sido utilizado com sucesso em instituições hospitalares e educacionais, tanto com indivíduos isolados como em grupos.





Bibliografia:

Sant'Anna, P. A., Giovanetti, R. M., Castanho, A. G., Bazhuni, N. F. N., & La Selva, V. A. (2003). A expressão de conflitos psíquicos em afecções dermatológicas: um estudo de caso de uma paciente com vitiligo atendida com o jogo de areia. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872003000100007>

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