Os
limites, características dos fenômenos que definem seu escopo, as perspectivas
de análise e intervenção foram construídas historicamente a partir da interação
entre três principais elementos:
- Demandas sociais advindas da organização: (Desafios e gestão)
- O avanço do conhecimento científico
- Interação com outros domínios científicos e outros campos profissionais(produzindo tensões) ajudando a configurar a identidade própria.
O primeiro período vai até
1945.
· - Inicia-se a criação do laboratório para o
estudo da fadiga em Modena(1899) por Luigi Patrizi
· - Kraeplin (Alemanha), Mosso (Itália) anos de 1990-
estudos psicofisiológicos associados a fadiga e a cargas de trabalho
· - Lahy (frança- O primeiro a utilizar testes para
a seleção de trabalhadores
· - Walter Dil Scott(1903) Publicou um livro sobre
a psicologia da publicidade “The Theory of advertising”
· - Hugo Munsterberg(1913) Publicou o livro
Psychology and Industrial Efficiency. (seleção de pessoal, testes com a
finalidade de ajustar as pessoas para o cargo)
“O melhor
homem possível para o trabalho”(Seleção)
“O
melhor trabalho possível” (Eficiência)
“O melhor
efeito possível”( Venda, Publicidade e Marketing)
Ou
seja, necessidade de que o trabalhador atue em cargos que se ajustem as suas
habilidades emocionais e mentais, para que haja eficiência no trabalho,
produtividade e satisfação.
· - Taylor (1911) Administração Cientifica – Quatro
princípios:
1) Cada
trabalho analisado e descrito detalhadamente para que o modo otimizado de executar
as tarefas possa ser especificado
2) Contrata-se
de acordo com as características de desempenho do trabalho, cabe aos gerentes
avaliar
3) Trabalhadores
devem ser treinados para executar tarefas
4) Devem
ser recompensados por sua produtividade, para incentivar o melhor desempenho.
-Lilian
e Frank Gilbreth -Estudos dos tempos e movimentos (analisar e projetar o ambiente
levando em consideração características humanas)
Século
XIX e inicio século XX : Aumento da população, segunda revolução
industrial(motor de explosão interna)petróleo, eletricidade, telégrafo, rádio,
telefone, cinema, modelo Taylorista-Fordista – Nasce a psicologia Industrial em
um berço comum com a administração científica
· - 1920 – Elton Mayo na Western Eletric Company –
Estudos de Hawthorne – Importância de considerar os fatores sociais implicados
em uma situação de trabalho.
O
segundo Período 1945 a 1960 – Expansão e consolidação pós-guerra
· - Consolidação da psicologia organizacional e do
trabalho
· - Legitimada a atuação dos psicólogos no contexto
organizacional
· - EUA – Ampliação do escopo- psicólogos como
consultores – desde o desenho dos postos de trabalho, passando por seleção,
treinamento, introdução de novas tecnologias e desenvolvimento organizacional.
- -A velha psicologia industrial é substituída pela
psicologia organizacional – Não só a seleção mas também atenção para o
funcionamento organizacional.
· - Ações de treinamento voltada para gestores
· -Tavistock Institute of Human Relations – Modelo
pesquisa-ação, modelos de grupos de trabalhos semiautônomos e o conceito de
sistema sociotécnico.
· - 1950 – Abraham Maslow – Hierarquia das
necessidades
· - 1960 -Douglas Mcgregor Teoria X e Teoria Y
O
terceiro período Fim da década de 1960 até 1970
· - Críticas ao modelo psicométrico de avaliação
psicológica
· - POT se amplia- Escandinávia e em outros países
– Humanização do trabalho e programas de QVT- intervenções mais abrangentes
· - Modelos de gestão de controle começam a ser
substituídos por modelos de compromisso e envolvimento.Experiências de cogestão
e ao formato de cooperativas
· - Trabalhos emergentes lidam com o
desenvolvimento , resolução de conflitos e desenho de trabalho
· - Debate sobre questões éticas
O
quarto período 1990 até 2010
· - Maior atenção as questões de saúde do trabalho, consolidação de outros tópicos de estudo:estresse,
conflito trabalho-família e aposentadoria
· -Concepções tradicionais(estilos de liderança,
racionalização e hierarquização) deram lugar a novos conceitos(gestão do
conhecimento, ética empresarial, organizações virtuais, tempo ocioso etc.)
FONTE:
Zanelli, J. C. ; Borges - Andrade; J & Bastos, A. V. B. (Orgs). Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. 2° edição. Porto Alegre: Artmed,2014. Capítulo 15 pag. 550-582
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