São classificados de sociointeracionistas autores como Piaget, Vygotsky, Wallon e outros que possuem a idéia comum de que o aprendizado acontece por meio da interação significando que “o homem se relaciona com outros homens na condição de sujeito, de construtor da cultura e do conhecimento, com o meio ambiente e com os objetivos; que pela interação todos são alterados” (FILHO, 2002, pág. 83).
O ser humano vive em comunidade, no cerne das relações, segundo Wallon (apud Filho, 2002) o homem é geneticamente social e como tal vive no mundo das relações sendo que se ensina e se aprende como um meio de transmissão da cultura numa transição do social para o individual, uma vez que:
"Qualquer função no desenvolvimento cultural do menino ou da menina aparece duas vezes, ou em dois planos. Primeiro aparece no plano social e depois no plano psicológico. Em primeiro lugar, aparece entre as pessoas como uma categoria interpsicológica e depois aparece no menino ou na menina como uma categoria intrapsicológica" (Vygotsky, 1978, apud Cool, 2004, pág.98).
Não se pode negar que o encontro professor e aluno se configure uma relação e como tal possua características e dificuldades afetivas, até mesmo na educação tradicional em que o professor é uma agente que transfere o conhecimento enquanto o aluno tem a função de recebê-lo e memorizá-lo, pode - se afirmar categoricamente que nesse momento existe uma relação, mesmo que teoricamente distante e improdutiva, pois “a emoção é inerente ao ser humano tendo o domínio afetivo o lugar central” (FILHO, 2002, pág. 90).
Mudanças educacionais surgiram e com elas novas possibilidades e visões acerca do papel do professor e aluno, o professor deve perceber-se como um professor reflexivo, autônomo e crítico recebendo seus alunos como sujeitos sociais, históricos e com conhecimentos prévios, tem a função de mediador que através de instrumentos simbólicos e materiais trabalha nesta zona de desenvolvimento proximal que é definida por Vygotsky:
"Não é senão a distância entre o nível real de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro capaz "(Vygotsky, 1978 apud Cool, 2004, pág.99).
Em relação ao aluno cabe o papel de um sujeito autônomo também promotor do próprio conhecimento, que possui sua individualidade e que deve segundo Freire (1996) manter vivo em si o gosto da rebeldia, aguçando sua curiosidade e estimulando sua capacidade de arriscar-se e de aventurar-se, pois, na relação professor-aluno “quem forma se forma re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser humano”. (Id, pág.23).
Referências:
COLL, César et al. Desenvolvimento Psicológico e Educação: psicologia da educação escolar. Vol.2. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FILHO, Geraldo Francisco. A psicologia no contexto educacional. Editora Átomo (Campinas, SP), 2002.
FREIRE, Paulo. A Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 35. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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