3.A FASE DO OBJETO
LIBIDINAL PROPRIAMENTE DITO
·
Ansiedade 8° mês
·
É o Segundo organizador
· Recusa de contato da criança,
de maior ou menor intensidade, frente a um desconhecido.
· Uma ansiedade de perda de
objeto - a criança reage assim diante da face de um estranho porque se sente
privado da mãe.
Mudanças acarretadas pelo
estabelecimento do segundo organizador:
a)Na
esfera somática (a mielinização das vias neurais torna possível o funcionamento
diacrítico do mecanismo sensorial).
b) No Sistema
mental: ativação de operações mentais e as sequências de ações dirigidas e cada
vez mais diversificadas; funcionamento dos mecanismos do ego.
c) Na organização
psíquica: As descargas dirigidas diminuem o nível de tensões no sistema
psíquico; consegue-se uma distribuição melhorada na economia psíquica. Isso
facilita a realização voluntária e dirigida da obtenção de prazer
- As
manifestações de desprazer tornam-se cada vez mais estruturadas e
inteligíveis.
- Com
isto a criança dominou o apelo: a capacidade de voltar-se para o meio que
a circunda e de assinalar suas necessidades, a criança pode transmitir
signos, voluntários e deliberadamente.
- As
duas partes da experiência - O choro de fome e a satisfação que se segue,
passam a ter ligação na memória da criança. Dois traços de memória
estabelecidos e reforçados por uma conexão afetiva que podem ser
compreendidos sob a perspectiva do Estágio da Onipotência Infantil O
sentimento de onipotência é um estágio inicial do sentido de realidade.
- No
primeiro estágio da ansiedade, o de estados de tensão psicológica, uma
reação de desprazer é manifestada quando a tensão interna perturba o
estado de equilíbrio. No segundo estágio, a reação de medo é provocada por um objeto de percepção com o qual a
criança já teve uma ligação anterior de experiência de desprazer. Quando a
criança experimenta outra vez este objeto de percepção investido de
desprazer, responde com uma reação impetuosa.
- A ansiedade dos 8 meses é bastante diferente do comportamento de medo, a ansiedade que demonstra não é uma resposta à memória de uma experiência desagradável com um estranho; é uma resposta à sua percepção de que a face do estranho não é idêntica aos traços de memória da face materna. Isto ilustra a operação de apercepção
A
comunicação humana é terceiro
organizador da psiquê
·
A criança luta pela autonomia
e consegue sair do alcance da mãe, a intervenção materna terá que se basear,
cada vez mais, no gesto e na palavra.
·
Enquanto fala a palavra
"não", a mãe balança a cabeça, enquanto impede a criança de fazer o
que estava pretendendo.O meneio negativo de cabeça e a palavra "Não"
constituem os primeiros símbolos semânticos a aparecer no código de comunicação
semântica da criança. Representam um conceito; o conceito de negação, de recusa,
no sentido estrito do termo. Não é apenas um sinal, mas também um signo da
atitude da criança, consciente ou inconsciente.
A dinâmica que leva á aquisição do gesto semântico do "não" é a seguinte:
1.
O gesto de meneio negativo da cabeça e a palavra "não" pronunciada pelo objeto libidinal são incorporados ao ego
da criança, como traços de memória.
2.
A carga afetiva de desprazer separa-se desta representação - essa separação
provoca um impulso agressivo que será então ligado por associação ao traço de
memória no ego.
3.
A identificação com o agressor será seguida por um ataque contra o mundo
exterior.
4.
Devido a numerosas experiências de desprazer - O "não" é investido
com investimento agressivo.
5.
Isso torna o não apropriado para expressar a agressão.
6.
Começa a Fase de teimosia da criança.
- Na mesma idade em que se adquire o gesto "não", por volta do décimo quinto mês de vida", a separação entre os sistemas não está tão firmemente estabelecida como ficará mais tarde
- Vários meses depois, quando a palavra "não" é também incorporada na memória como uma representação de palavre, a separação entre as representações inconscientes de coisa e as representações pré-conscientes de palavra já estarão mais desenvolvidas.
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