4 de outubro de 2009

Aplicação das idéias Rogerianas ao trabalho diário do professor:

Para Rogers existem três condições fundamentais à aprendizagem:


Ter empatia
Aceitar positiva e incondicionalmente o aluno
Ser autêntico



O professor é um facilitador que adota uma atitude centrada na pessoa, acreditando que ela tem a tendência para desenvolver-se, autodirigir-se e reajustar-se, e o professor ajudará a criar um ambiente que facilite esse crescimento.

Diretrizes para o professor

1. Acabar com os julgamentos, cortar avaliações tanto negativas como positivas, evitar adjetivos como: certo, errado, bonito, feio, etc.

2. Evitar rótulos, diagnósticos e prognósticos. Essas afirmações prejudicam seu relacionamento com os alunos

Ex: Você está querendo chamar atenção!
Você nunca vai conseguir um bom emprego.

3. Receber com cuidado os comentários e as perguntas que parecem não ter relação com o tópico que está sendo tratado.

Ex: A classe estava estudando estradas de ferro. Uma menininha disse:
- Minha vó está muito doente.
Um professor que respeita a criança respondeu:
- E você quer ir visitá-la de trem?

Mais comum, porém seria a resposta?
-O que tem isso a ver com nosso assunto?ou :
- O que tem sua vó com estradas de ferro?

4. Evitar considerar como um desafio proposital uma pequena infração do aluno. Deixar sempre aberta aos alunos uma porta para uma saída honrosa. Esta máxima evita muitos problemas disciplinares.

5. Expressar irritação sem ofender a criança

Cada professor deve desenvolver uma aversão à palavras que humilham e aos atos que machucam. Mesmo quando irritado, um professor pode evitar palavras que ofendam . O lema do professor é:"Indignação , sim! Indignidade, não!”

6. Reconhecer e aceitar os sentimentos do aluno

Ex:
O professor pediu a aluna, que lesse algumas frases, ela leu em voz baixa, gaguejou e finalmente parou de ler. Ela cobriu o rosto com o livro, de tanto embaraço.
O professor disse:
-Ler inglês em voz alta não é fácil. A gente tem medo de cometer erros e receber zombarias. É preciso coragem pra ficar de pé e ler, obrigado por tentar.

No dia seguinte a aluna, foi chamada pra ler, pôs-se de pé e leu.

7. Evitar perguntas que contenham mensagens de desaprovação, desapontamento ou desprazer. Há perguntas que fazem o aluno sertir-se tolo, culpado, enraivecida e vingativa.

Ex: Por que você tem que brigar com todo mundo?
Por que você é tão desorganizado?
Por que você não cala a boca de vez em quando?


Quando eu fazia a quinta série, há muitos anos atrás, uma professora chegou perto de mim e disse: você está tão desleixada!, eu me lembro que cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi perguntar a minha mãe o que era desleixada!



Fonte:
BARROS,Célia Silva Guimarães, Pontos de psicologia escolar, 5° edição, 2007.

Um comentário:

jonEs disse...

Olá! Gostei do seu Blog. Estou graduando em Psicologia e me parecee que há textos interesantes aqui. Acredito que estou encontrando meu caminho dentro da psicoterapia. Estarei passando por aqui. Com relação à postagem, acabei de ler um livro de Carl Rogers - "Tornar-se Pessoa - e, nos últimos capítulos, ele diz de uma experiência facilitadora da aprendizagem no campo da educação. Achei interessante, diz um pouco do que você disse aqui. É isso. valeu!

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