22 de fevereiro de 2010

Morando com a mãe

Custei a perceber que era uma tendência: a quantidade de rapazes de 30 anos ou mais, hoje em dia, ainda vivendo com os pais e sendo sustentados por eles - abdicando da liberdade pelos confortos e conveniências da cama, comida e roupa lavada. Foi para isso que os jovens dos anos 60 fizeram duas ou três revoluções?
Nenhum garoto de 1968 trocaria a canja de galinha do Beco da Fome, em Copacabana, às 4h, pelo toddy com biscoitos servido pela mãe às 21h, depois de "O Sheik de Agadir". Ou a aventura de morar num apê tipo já-vi-tudo em Botafogo - o mobiliário consistindo de uma estante de tijolos com uma ripa de madeira por cima (roubados de alguma construção vizinha) e de uma esteira de praia à guisa de cama - pelo quarto acolhedor e quentinho que ocupava desde guri no vasto apartamento dos pais.

Quem chegasse à provecta idade de 20 anos e não tivesse endereço próprio era tido como anormal - a norma era entrar para a faculdade aos 18 ou 19, arranjar um emprego e ir à vida, como até as meninas estavam fazendo. As vantagens de morar sozinho eram poder ir ao banheiro com a porta aberta, namorar a qualquer dia e hora e promover reuniões para derrubar a ditadura ou para escutar o disco novo da Nara, o que viesse primeiro.

Hoje, há marmanjos de até 40 anos morando com a mãe, na Europa, nos EUA e no Brasil. Na Itália são chamados de "mammoni" (filhinhos da mamãe); na Espanha, de "ni-ni" ("ni estudian, ni trabajan"); na Inglaterra, de "kidults" ("kids", crianças, com adultos). Eles se defendem: formaram-se, gostariam de trabalhar, mas o mercado é cruel, não consegue assimilá-los, são desempregados crônicos e não têm como pagar aluguel, comprar um imóvel nem pensar.
E, além disso, ninguém cozinha como a mamãe.

Fonte: Folha de S. Paulo, 22.II.10

minha mãe faz o melhor macarrão do mundo.

copiei esse artigo desse excelente blog http://napocalipse.blogspot.com/

20 de fevereiro de 2010

Lei 8080/90 Questões

Pref. de Mirandiba – PE 2008

13. Quanto à Lei nº. 8.080/90 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.( ART. 6°)

b) Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, não tecnologias provocam à saúde. (HÃ?) (ART. 6°)

A saúde do trabalhador abrange:
ART. 6° - Parágrafo § 3º inciso IV: IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

c) Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãoscompetentes e por entidades representativas da sociedade civil. (ART. 12)
d) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão em seu âmbito administrativo acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais.(ART. 15, entre outros)
e) À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente açõe e serviços de saúde. (ART. 17. )




14. Segundo a Lei nº. 8.080/90, assinale a opção INCORRETA.

a) Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.( ART. 20)
b) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. .(ART. 21)
c) Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.(ART. 22)
d) É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde em qualquer situação.

Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, em finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social.

e) Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.(ART. 24)


19. A lei nº. 8.080/90 prevê que as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios, exceto. (ART. 7)

a) Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática.
b) Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo.
c) Particularidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.
d) Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
e) Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

Art. 7. I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;


Lei 8080/90 disponível em:

Concurso Pref. de Parnaíba - PI

Quadro de vagas aqui:
http://www.parnaiba.pi.gov.br/website/app/webroot/concurso/Decreto2.pdf

Salário base e carga horária:
http://www.parnaiba.pi.gov.br/website/app/webroot/concurso/Lei%202505-09%20alterada%20pela%20Lei%202515-09.PDF

Gratificações:
http://www.parnaiba.pi.gov.br/website/app/webroot/concurso/Decreto.pdf





FONTE:
http://www.vooz.com.br/blogs/ufpi-anuncia-concurso-pulbico-para-parnaiba-pi-29205.html

11 de fevereiro de 2010

FALAR

Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.
Assisti ao filme Mentiras sinceras com uma pontinha de decepção - os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco. Nos momentos finais, no entanto, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar alguém de seus fantasmas e, libertando-o, abrir uma possibilidade de tê-lo de volta, mais inteiro.
Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é esse tipo de nudez que nos atrai.
Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente, se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não?
E, no entanto essa banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ela é - ou foi - importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
A maioria das relações - entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos - se ampara em mentiras parciais e verdades pela metade. Pode-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentes, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem ter a delicadeza de fazer a aguardada declaração que daria ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguimos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.
Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este "a nós" inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos "eu te perdôo", "eu te compreendo", "eu te aceito como és" e o nosso mais profundo "eu te amo" - não o "eu te amo" dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o "eu te amo" que significa: "Seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo".
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

MARTHA MEDEIROS in Doidas e Santas:2008

8 de fevereiro de 2010

Para os piauienses.

Grupo de Apoio Fraterno seleciona voluntários

O Grupo de Apoio Fraterno (GAF) está com inscrições abertas para o processo seletivo de voluntários, que se interessem em trabalhar no contato com pessoas que estejam atravessando problemas que possam levá-las à situação de depressão. As inscrições vão até o dia 27 de fevereiro. A entidade funciona com o apoio da Fundação Municipal da Saúde (FMS) da Prefeitura de Teresina.

As inscrições podem ser feitas pelo telefone 3222-0000 ou na sede do GAF, que fica na rua Álvaro Mendes, 861, Centro de Teresina (mesmo prédio onde funciona a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social – SEMTCAS). O voluntário, além de identificar-se com a filosofia do trabalho, tem que ser maior de 18 anos, alfabetizado e ter disponibilidade de, pelo menos, quatro horas e meia durante a semana.

Há 24 anos atuando em Teresina, o GAF tem por meta evitar o agravamento do índice de suicídio na capital, através de um trabalho de cunho emocional, tendo como base o diálogo. “Teresina registra um alto índice de suicídio em conseqüência de vários fatores, principalmente o idoso que vive no isolamento, pessoa com problemas financeiros, desemprego, rejeição da família, o homossexual não aceito pela família, doenças diversas, alcoolismo e outras drogas”, explica Wyder Mendes, coordenador de divulgação do projeto.

Depois de selecionado, o integrante do grupo passa por processo de treinamento no decorrer de 14 sábados, com aulas teóricas e práticas para o exercício da atividade. Estão sendo disponibilizadas 60 vagas.Wyder Mendes revela que o GAF é reconhecido como entidade de utilidade pública por meio de leis estadual e municipal. Atualmente, funciona com a participação de 40 voluntários, sempre dispostos a levar uma palavra de apoio a quem precisa.

“Recebemos de 10 a 15 chamadas por dia. O voluntário vai ao encontro da pessoa que está precisando de ajuda, dialoga e procura debelar aquele sentimento de rejeição, de depressão e de suicídio”, explica. “Depois desse contato, fazemos o acompanhamento da pessoa, cuja identidade é sempre mantida em sigilo absoluto, até que se recupere do sentimento de negação”, completa.

4 de fevereiro de 2010

QUESTÕES DE PSICOLOGIA -PSICÓLOGO TIMON 2007


36. Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra e tanatologista, produziu um modelo útil e abrangente de reações à morte iminente. Segundo este modelo:

a) Ao ser informadas de que estão morrendo, as pessoas inicialmente reagem apresentando sinais clínicos de depressão.
b) No estágio 2, chamado de negação, as pessoas ficam frustradas, irritadas e com raiva por estarem doentes.
c) No terceiro estágio, chamado de Depressão, as pessoas reagem com choque, levando a um retardo psicomotor.
d) No estágio de Barganha, os pacientes tentam negociar com os médicos, os amigos ou mesmo com Deus.
e) No estágio de Transtorno Depressivo Maior, a ideação suicida pode exigir tratamento com medicação antidepressiva ou eletroconvulsoterapia.



1º: negação e isolamento

A Negação e o Isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoasao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

2º: raiva

Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva,também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.




3º: barganha

 Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo. Aqui percebemos que a pessoa promete pra si mesmo alguma mudança se conseguirem superar a doença e não morrer,

4º: depressão

 A Depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Surge então um sentimento de grande perda. Temos aqui a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.


5º: aceitação

Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem. 

SAIBA MAIS:


Livro da Elisabeth Kübler-Ross, A




FONTE:

MENDES, E. A. A morte e o luto a partir do mito da medusa e o trabalho com crianças portadoras de doenças terminais. Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. Belo Horizonte, a. 4, n. 8, ago. 2008 - jan 2009. Disponível em http://74.125.155.132/scholar?q=cache:XWnclzpxsecJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&lr=lang_pt&as_sdt=2000, Acesso 3 de fevereiro de 2010




3 de fevereiro de 2010

Relações...




Fui absolutamente rendida pelo poder das relações virtuais. Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais ter visto a pessoa. As palavras escritas no computador podem muito. Mas nem sempre enxergam a verdade.


São sete horas de uma manhã chuvosa. Você não dormiu bem à noite. Põe pra tocar um som instrumental que deixa suas emoções à flor da pele. Vai para o computador e começa a escrever para alguém especial as coisas mais íntimas que lhe passam no coração. Chora. Escreve. Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.


São onze horas da noite deste mesmo dia. O destinatário da sua mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri muito, rola a maior sonzeira. Ele pega uma cerveja e dá uma escapada até o computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta... sozinha demais... dividir o que sinto..." Papo brabo. Responderá amanhã. Deleta.


Alguém pode escrever com raiva, escrever com dor, escrever com ironia, escrever com dificuldade, escrever debochando, escrever apressado, escrever na obrigação, escrever com segundas intenções. Nada disso chegará no outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Será preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível poderá ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, faltou um tom de voz.


Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém, mas a falta de sintonia lhe vem machucando, pode escrever "não quero mais te ver".
Uma mesma frase e duas mensagens diferentes. Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.

MARTA MEDEIROS

Psicólogo Pref. de Piripiri 2009

11. A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma Ata em 1978, expressou a necessidade de ação de todos os governos e de todos que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento, a fim de promover a saúde de todos os povos do mundo. Os Cuidados Primários de Saúde baseiam-se em:

(A) Liberação de recursos financeiros e acompanhamento da execução das ações preventivas de saúde.

(B) Prestação de contas, como pré-requisito para concessão de auxílio aos países pobres.

(C) Instruções das entidades internacionais e publicações científicas.

(D) Métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentados e socialmente aceitáveis, colocando-os ao alcance universal da sociedade, mediante sua plena participação.

(E) Ações referentes a projetos e obras financiadas com recursos da união e dos países no campo da medicina curativa.

Segundo Meireles (2008) A Declaração de Alma-Ata é a carta de intenções resultante da 1ª Conferência Internacional sobre os Cuidados de Saúde Primários, ocorrida em 12 de setembro de 1978, em Alma Ata, casaquistão, ex- URSS. Enquadrou-se no movimento mundial, sob a responsabilidade e empenho da OMS, de combater as desigualdades entre os povos e a alcançar a audaciosa meta de “Saúde Para Todos no Ano 2000”.

No seu artigo VI afirma:


VI) Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e automedicação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde.

Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) são definidos na DAA como os cuidados essenciais de saúde, prestados mediante o uso de métodos e técnicas práticos, cientificamente fundamentados e aceitáveis socialmente. Correspondem ao primeiro nível de contacto com o sistema de saúde do país, e devem estar associados a sistemas de referência integrados e funcionais por forma a garantirem o acesso a cuidados de saúde por todos os cidadãos, principalmente aos mais necessitados. Com efeito, os CSP dever-se-ão pautar pela acessibilidade universal, equidade e justiça social.(MEIRELES, 2008)


Referências:

Declaração de Alma-Ata. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE, Alma-Ata, 1978. Disponível em: . Acessado em 03 de fevereiro de 2010.
MEIRELES, A. C. Alma-Ata e Ottawa − As Conferências de Entre as Conferências.... (2008). Disponível em <http://www.saudepublica.web.pt/TrabCatarina/AlmaAta-Ottawa_CMeireles.htm>



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