31 de outubro de 2008

Poltergeist e Bioenergética

A relação entre o fenômeno do poltergeist e o tipo de caráter da pessoa que o provoca é a mais nova linha de estudos que começa a se desenvolver em Pernambuco. Associando a Parapsicologia à Bioenergética, a psicóloga e parapsicóloga Wanessa Lima vem avaliando uma forma de tratamento a partir da abordagem corporal para os indivíduos envolvidos em tais manifestações.
Segundo os parapsicólogos, a maioria das ocorrências de poltergeist – caracterizadas por chuva de pedras, movimentação de objetos e até combustão espontânea – são causadas por pessoas na fase da pubescência (início da adolescência) ou em menopausa/andropausa. Dos pontos de vista fisiológico e psicológico, ambas as fases são marcadas por intensas transformações hormonais e emocionais.

O fenômeno é considerado um mecanismo de defesa parapsicológico, dado os altos níveis de tensão por que passam algumas pessoas nesses momentos de suas vidas. “Analisando os traços psicológicos característicos desses indivíduos, levantamos a hipótese da identificação do caráter deles como sendo do tipo esquizóide, de acordo com os termos propostos na Bioenergética por Alexander Lowen (fundador)”, explica Wanessa Lima.

CARÁTER – Antes de mais nada é importante esclarecer o que a Bioenergética entende como caráter. “Trata-se de um padrão fixo de comportamento, acompanhado de couraças musculares que se estrutura no corpo sob a forma de tensões musculares, em geral inconscientes e crônicas, as quais bloqueiam ou limitam os impulsos em seu trajeto até o objeto ou fonte de desejo”, descreve a parapsicóloga, que é graduanda no curso de formação de psicoterapeutas em Análise Bioenergética pelo Libertas Comunidade – representante no Nordeste da Sociedade Brasileira de Bioenergética.

Curso de Psicologia Transpessoal


Segundo Alexander Lowen, o tipo esquizóide costuma apresentar comportamento hostil e frustração, forte sensação de rejeição, emprego significativo de mecanismo de defesa, sentimentos reprimidos de culpa e inutilidade, dificuldade em expressar sentimentos de infelicidade e agressão, entre outras características. “A fim de redirecionar a energia liberada durante o fenômeno e reduzir os níveis de tensão do indivíduo, propomos um trabalho corporal como solução para cessar a crise do poltergeist”, esclarece.



CASO BEBERIBE - A hipótese da parapsicóloga é abordada no livro O Poltergeist de Beberibe, escrito em parceria com o psicólogo e parapsicólogo Renato Barros, com lançamento marcado para o próximo sábado (23) na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas (IPPP).
Ocorrido no período de março a setembro de 1999, o caso descrito na publicação do IPPP afetou uma família residente no bairro recifense de Beberibe. Segundo a dupla de parapsicólogos, que acompanhou e solucionou o problema, foi um dos mais intensos registros de poltergeist já estudados em Pernambuco.

A casa onde eles moravam era freqüentemente atingida por chuvas de pedras, a mobília, roupas e vários objetos foram destruídos, inclusive pelo fogo”, contam os pesquisadores. A hipótese de combustão espontânea foi ratificada a partir da avaliação de peritos do Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), que não detectaram resíduo de materiais comburentes.

Foram identificadas como agentes causadoras do fenômeno uma adolescente de 15 anos e uma mulher de 21 anos que passava por mudanças hormonais por estar amamentando na época. Segundo a psicóloga, ambas apresentavam perfis que sugerem o caráter esquizóide, tendo seus conflitos emocionais acentuados por um ambiente de constantes brigas entre os integrantes da família que viviam em condições carentes, dividindo o espaço numa casa pequena. O caso foi solucionado depois que os parapsicólogos esclareceram sobre o fenômeno e suas causas, orientando e aconselhando o grupo familiar.

Falando sério: eu quero ser parapsicóloga.

29 de outubro de 2008

ESTRUTURAS DE CARÁTER


1. Caráter esquizóide

O termo esquizóide refere-se a pessoa cujo o senso de si mesma está reduzido, ego fraco e contato com seu corpo e sentimento reduzido.
Essência: rejeição
Evita relacionamentos íntimos e afetuosos , estrutura em cuja a personalidade encontra-se tendências à formação do estado esquizofrênico.

2. Caráter oral

Traços típicos da 1° infância :Fraqueza, tendência a depender dos outros, uma sensação de precisar ser carregado.
Experiência básica: Carência afetiva
Incapacidade de ficar só, tendência a depressão, dificuldade em estar nas suas próprias pernas .

3. Caráter Psicopático.

Motivação de poder, ter que ser sempre vencedor.
Essência: negação dos sentimentos que é o mesmo que a negação das necessidades.
Indivíduos que têm que dominar e controlar.
Percebem-se dois modos de se ter domínio sobre os outros:
· Oprimindo e atormentando os outros.
· Debilitando por meio de aproximações sedutoras.


Curso de Transtornos de Personalidade


4. Caráter Masoquista


Aquele que sofre, lamenta-se, que se queixa e permanece submisso.
Versus: sentimento de despeito, de negatividade, hostilidade e superioridade.
Características: Queixumes, lamentos, atitude de submissão e cordialidade.

5. Caráter rígido

Tendência a se manterem eretas- de orgulho-defensivo
Medo de ceder, de submeter-se = perder-se completamente.
Sempre alerta em situações que possam ser enganados.
Correlatos psicológicos: Mundanos, ambiciosos, competitivos e agressivos.
Passividade é experienciada como vulnerabilidade.

· A análise bioenergética não vê o paciente como uma estrutura de caráter mas como um indivíduo, que pode ter algumas ou todas as posições defensivas.


· Análise bioenergética ajuda o individuo a reencontrar-se com seu corpo, e a tirar o mais alto grau de proveito possível da vida que há nele, com o intuito de resgatar o seu potencial energético e se abrir pra vida.


Referência:
LOWEN, A. Bioenergética, ed. Summus, 1982.

28 de outubro de 2008

A força da vida na memória dos mortos


"Abra minha mente, suco de sabedoria"..(HOMER)
"Álcool... A causa e solução de todos os problemas." (HOMER)

Apesar de que a sociedade moderna evita pensar sobre a morte e disfarçar o medo que esta provoca, a memória dos falecidos continua sendo muito celebrada pelas culturas populares da América Latina, a partir das tradições indígenas e negras. Em muitas paróquias católicas, a lista das pessoas falecidas é lida no começo das missas. No México e nos Andes, os dias 01 e 02 de novembro são datas de grandes comemorações festivas nos cemitérios e nas casas. As pessoas integram o mistério da morte na trama da vida. Até pelo modo como falam da partida. Uma lenda africana conta que Deus encarregou o camaleão de levar aos humanos a notícia de que poderíamos ser imortais e o segredo para o conseguirmos. Ao mesmo tempo, deu ao lagarto a missão de nos avisar que seríamos mortais. O camaleão atrasou-se e o povo só recebeu a comunicação do lagarto. Assim, por causa de um atraso, sofremos a morte. No Brasil, a religião dos orixás acredita que a bênção de Deus se manifesta por uma vida longa e fecunda. É normal alguém morrer velho, em sua casa, acompanhado por filhos e netos. Não se deve morrer jovem, em meio a uma vida não resolvida. Menos ainda se pode morrer de acidente ou violência.


As culturas indígenas também insistem na unidade e integração entre o mundo dos vivos e a influência dos mortos e antepassados no clã. Os vivos convivem com os seus mortos. No universo, há um equilíbrio de vida e morte. A morte é uma invenção sábia da vida para que ela possa permitir a pessoa emergir no universal. De acordo com essa sabedoria, a morte faz parte da vida. A gente começa a morrer no dia em que nasce. Dados da ciência concordam com isso. Desde a concepção, o programa genético de cada pessoa já determinaria o seu tempo de vida, desde que não haja acidente de percurso e a pessoa não nasça num país onde, como dizia Guimarães Rosa, "viver é sempre muito perigoso".


O mundo de hoje rompeu com essa sabedoria. Educa-nos a não falar no assunto, nem nos preparar para a morte. Isso é péssimo, porque quando a vida é desumanizada, a morte também perde o seu sentido. É dessacralizada e com ela não aprendemos mais nada.


Curso de Psicologia Transpessoal


Decidi ser monge quando tinha dezoito anos. Nos primeiros dias, um dos costumes que mais me espantou foi o dos monges recrearem, passeando sobre os túmulos dos falecidos. Conversavam sobre os assuntos do dia a dia, pisando em lajes antigas, ou mais novas, escritas em latim, indicando que ali jaziam irmãos que viveram e faleceram na busca da intimidade de Deus. Perguntei o porquê daquele costume. O mestre me respondeu: "Vive bem quem, cada dia, convive com a morte. Em Deus, todos nós estamos vivos". Não compreendi. Mas, no mosteiro, aprendi a ver a morte não como tragédia incompreensível e sim como dor de parto que gera vida nova. Vi muitos monges morrerem. Quando a hora da partida chega para um irmão, a comunidade faz dobrar o sino maior do Mosteiro e se reúne junto ao leito do moribundo. Todos cantam novamente o cântico da consagração que aquele irmão entoou no dia em que se tornou monge e, assim, entregam a Deus aquele monge que parte.


Conheci um monge que estava moribundo. Quando a comunidade fez esta oração ao pé do seu leito e o entregou a Deus, ele disse as seguintes palavras: "Bem vinda sejas, irmã morte. Dá-me mais um dia para eu me converter e me reconciliar com quem não amei bastante. Depois, vem me buscar".Entre os monges antigos, era comum esta convivência com a morte, não por um desprezo à vida, mas, ao contrário por uma integração entre vida e morte. Um dos monges que me impressionaram neste particular foi Dom Plácido de Oliveira, compositor e autor de vários hinos que, durante anos, cantamos. Ele soube pelo médico que estava com câncer de fígado e em estado final. Um dia, despertou de um momento de coma. Ouviu o toque do sino. Olhou ao redor e viu a comunidade reunida, renovando sua consagração. Compreendeu o que aquele rito significava. Deixou os irmãos acabarem o cântico e fez sinal de que queria falar ao abade. Sussurrou: "Já que vou morrer, quero comer uma maçã assada e beber um cálice de vinho". Comeu, bebeu e entregou o espírito a Deus. Parece uma das histórias da morte de São Francisco.
Independentemente da sua tradição religiosa, a memória dos seus mortos refará em sua vida "a aliança das gerações", capaz de garantir a paz e a sobrevivência harmoniosa da humanidade.

* Por Marcelo Barros *Monge beneditino e escritor
fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?cod=35700&lang=PT

27 de outubro de 2008

Questão de Concurso - Psicologia Organizacional

 Cepisa 2007-Consulplan-Psicólogo

Questão 27)

Pode-se afirmar que a satisfação no trabalho é uma variável de atitude, isto é, mostra como as pessoas se sentem em relação ao trabalho que têm, seja no todo, seja em relação a alguns aspectos.
Identifique a alternativa que NÃO corresponde às facetas comuns de satisfação no trabalho:

A) Salário e condições de trabalho.
B) Oportunidades de promoção e segurança.
C) Natureza do trabalho e ciclos de tempo.
D) Comunicação e benefícios.
E) Supervisão e Companheiros de Trabalho

Satisfação no trabalho é um fenômeno complexo e de difícil definição, por se tratar de um estado subjetivo, podendo variar de pessoa para pessoa, de circunstância para circunstância e ao longo do tempo para a mesma pessoa. A satisfação está sujeita a influências de forças internas e externas ao ambiente de trabalho imediato
A satisfação pode estar diretamente ligada aos seguintes fatores:

Condições de infra-estrutura: neste caso, pode-se avaliar as condições prevalecentes no ambiente de trabalho. Este tópico engloba todos os materiais e equipamento disponibilizados para o desempenho das tarefas, analisando as condições reais proporcionadas ao funcionário para a realização de suas atividades.


Benefícios fornecidos pela empresa: entende-se como incentivos internos
proporcionados pela empresa aos funcionários com o objetivo de satisfazer às
necessidades pessoais destes, proporcionado um ambiente de trabalho mais
harmonioso e produtivo.


Relação produtividade remuneração: nesta situação a recompensa seria conforme a produtividade do funcionário. Assim sendo, quanto maior a produtividade, maior o nível de pagamento; com a recompensa o nível de satisfação com o trabalho tende a aumentar.

Relação chefe funcionário: diversos estudos mostram que há uma relação entre chefe funcionário. A pesar de o planejamento e as organizações dos setores serem uma função primordial das chefias, é necessário possibilitar aos funcionários condições para a auto-expressão.

Capacitação técnica: define-se como qualquer atividade que contribua para a melhor execução de uma função ou atividade, ou seja, objetiva aumentar a capacidade dos funcionários para realização de suas atividades laborais na empresa.

Relação interpessoal entre os funcionários: conforme o sistema participativo as relações interpessoais fundamentam-se na confiança mútua entre as pessoas e não em esquemas formais. Esse sistema incentiva a participação e o envolvimento grupal, de modo que os funcionários se sintam responsáveis em realizar suas tarefas. Compreende-se como sistema administrativo democrático por excelência.

Oportunidade de crescimento e segurança: este item dá ênfase às políticas da empresa no que se refere ao desenvolvimento, crescimento e segurança de seus funcionários, ou seja, possibilidade de carreira, crescimento pessoal e segurança no emprego.

Apreciação da realização pessoal: conforme Chiavenato (2000) entende-se como as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia das necessidades proposta por Maslow. Estão relacionadas com a efetivação do próprio potencial e do autodesenvolvimento contínuo. Essa tendência se manifesta através do impulso que o funcionário possui para se tornar sempre mais do que é, além de vir a ser tudo o que pode ser.


Referências:

GAMAL, S.N. Satisfação no Trabalho: Um Estudo na Sede Administrativa da Companhia Docas do Pará em Belém/CDP-Pa.

MARTINEZ, M. C.; PARAGUAY, A. I. B. B.; LATORRE, M. R. D. O. Relação entre satisfação com aspectos psicossociais e saúde dos trabalhadores. Rev. Saúde Pública , São Paulo, v. 38, n. 1, 2004 .


24 de outubro de 2008

HUMILDADE

Poxa! , eu queria muito ter uma receita de como fazer as coisas, se aquela pessoa gosta de vc,(imagine, quanto dinheiro ,eu iria ganhar, ops!E quantas pessoas eu iria ajudar, hehe)

Aquele garoto que puxou seus cabelos, rasgou seus livros...(-Professora!!!)
Aquela pessoa que mentiu pra você e que te deixou esperando por 1 hora , não gosta! Ou gosta! As coisas são bem relativas.
Aquela pessoa que está sempre com você, ou aquela que só esteve uma vez, mas esse era o pior momento da sua vida.
Quem disse que você não servia pra nada, que não ia ser nada, Te ama?( -oh!, minha filha,a mamãe tava zangada!)


Ser Amada ou não ser amada that’s the question?

O amor perdoa tudo?

A mentira, esperar por uma hora, palavras duras?

Como eu disse, eu não tenho uma receita de como fazer as coisas.

Tinha a coragem e a calma de um Rei

Os mais ferozes mares enfrentou

Seus inimigos não puderam ver

Segredos da sua força contra a dor, e

Seus olhos liam além do amanhecer

Suas palavras transformavam leis

Todos queriam ser como ele foi

Ninguém sabia que era infeliz

Queria saber

Que faltava então ?

Não queria viver

Essa dor no coração

Pois até um rei

Despeja lágrimas por não ter o seu grande amor

Queria saber se é bom ou ruim

Em ter uma flor tão linda assim

Com o azul do céu e o brilho do mar

E olhos de mel pra iluminar

Se ajoelhou como servo pela primeira vez

Dizendo já sofrer demais,

Saber sobre os céus e a floresta não lhe foi em vão

Sem eles, não teria a paz

Pra acreditar.

NATICONGO (NATIRUTS)

23 de outubro de 2008

Questão de Concurso Teorias e Técnicas Psicoterápicas - Psicologia da gestalt

SEMED SÃO LUIZ -Psicólogo -2007

Questão 30.

“Se duas linhas, não muito afastadas uma da outra, são expostas de forma instantânea e sucessiva a uma certa velocidade ótima, o observador não verá duas linhas, mas apenas uma só movendo-se da posição da primeira para a da segunda”. A tentativa para explicar estes acontecimentos aparentemente simples foi, historicamente o ponto de partida da psicologia da Gestalt. Sobre o fenômeno ilustrado acima podemos considerar como verdadeira a seguinte alternativa:

a) O que o observador vê, entretanto, é sem dúvida um movimento real da segunda linha para a primeira.
b) Não há movimento, apenas continuidade no objeto externo.
c) As duas linhas são dinâmicas e não estão separadas no tempo e no espaço.
d) Se o intervalo for aumentado em grau suficiente, vê primeiro uma linha, e depois outra, separadas no tempo e no espaço.e) Se o intervalo de tempo for suficientemente reduzido, o observador vê ao mesmo tempo duas linhas em movimento, lado a lado.


Analise este exemplo:

Se duas linhas, não muito afastadas uma da outra, são apresentadas de forma instantânea e sucessiva a certa velocidade, nós não veremos duas linhas, mas apenas uma só movendo-se da posição da primeira linha para a da segunda. Veja bem, não há movimento, as duas linhas são estáticas e estão separadas no tempo e no espaço.

O que vamos ver? Veremos sem dúvida um movimento. Se uma pequena mudança na apresentação das linhas for feita, se o intervalo de tempo for suficientemente reduzido, nós veremos ao mesmo tempo duas linhas paradas, lado a lado; se o intervalo de tempo for aumentado em grau suficiente, veremos primeiro uma linha, e depois a outra, separadas no tempo e no espaço. Esses fenômenos são bem comuns e verificam-se em todos os filmes.

http://www.ufpi.br/uapi/conteudo/disciplinas/psicologia/uni01/uni01_teorias_da_psicologia_22.htm
(parece até que tiraram a questão daqui)

22 de outubro de 2008

Questões de Psicologia - Teorias e Técnicas Psicoterápicas


Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido”.

Consulplan- DEMASP Barbacena 2008

Questão 22)

Como obstáculos ao crescimento, de acordo com a teoria da personalidade de Adler, temos:

A) Inferioridade orgânica.
B) Superproteção.
C) Rejeição.
D) Luta pela superioridade pessoal.
E) Todas as alternativas anteriores estão corretas.



Obstáculos ao Crescimento:

Adler especifica três situações na infância que tendem a resultar em isolamento, falta de interesse social e desenvolvimento de um estilo não-cooperativo, baseado no objetivo irreal de superioridade pessoal. São eles: inferioridade orgânica, superproteção e rejeição.

Crianças com inferioridade orgânica, ou seja, que sofrem de doenças ou enfermidades tendem se tornar fortemente auto-centradas. Fogem da interação com outros por um sentimento de inferioridade ou incapacidade de competir com sucesso com outras crianças. Adler salienta, contudo, que as crianças que superam suas dificuldades tendem a compensar sua fraqueza original além da média e desenvolvem suas habilidades num grau incomum.

Crianças superprotegidas e mimadas também têm dificuldades em desenvolver um sentimento de interesse social e cooperação. Falta-lhes confiança em suas próprias habilidades, uma vez que os outros sempre fizeram tudo por elas. Ao invés de cooperarem com outros, essas crianças tendem a fazer exigências unilaterais aos amigos e à família. O interesse social é habitualmente mínimo e Adler descobriu que crianças mimadas em geral nutrem poucos sentimentos genuínos em relação aos pais, os quais manipulam muito bem.

A rejeição é a terceira situação que tende a impedir fortemente o desenvolvimento de uma criança. Uma criança não desejada e rejeitada nunca conheceu o amor e a cooperação em casa e, portanto, lhe é extremamente difícil desenvolver essas capacidades. Tais crianças não têm confiança em suas habilidades para serem úteis e obterem afeição e estima dos outros. Quando adultos. tendem á tornar-se frias e duras.

Luta pela Superioridade Pessoal

Quando predominam sentimentos de inferioridade ou quando o interesse social é subdesenvolvido, os indivíduos tendem a buscar superioridade pessoal pois lhes falta confiança em sua habilidade para atuar efetivamente e trabalhar de forma construtiva com outros.
Tais indivíduos não dão contribuições de real valor para a sociedade e tornam-se fixados em modelos de comportamento autocentrados, levando inevitavelmente a um sentimento de fracasso. Essas pessoas se desviaram dos problemas reais da vida e estão engajadas na luta com a própria sombra para reassegurarem-se de sua força.

Referência:

http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=155&sec=53

21 de outubro de 2008

insista

O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, porque ele antes lhe dava de graça). O estágio seguinte é você esquelética e tremendo em um canto, sabendo apenas que venderia sua alma ou roubaria seus vizinhos só para ter aquela coisa mais uma vez que fosse.

Extraído do Livro : Comer, rezar , amar. Elizabeth Gilbert . Muito ,muito bom.!

20 de outubro de 2008

Dia 20 de outubro de 2008

Ser professora é mesmo gratificante: -Pssora, a senhora.....Meu Deus! tô ficando velha...
É realmente maravilhoso, a primeira aula a gente nunca esquece, muita ansiedade, o tempo passou voando ...agora eu entendo um pouco minhas professoras, é muita informação pra uma pessoa só, muita gente, ás vezes falando todos juntos coisas diferentes, eu rio da piada do mais extrovertido, eu fico séria, eu faço alguma piada(esse é meu ponto fraco),ainda tem 10 minutos de aula, e agora?
Viver só se aprende vivendo.


Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma "história" a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma "entidade" sui generis, portador de um nome, também de uma "história", sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer nesse espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal.

Maurice Blanchot, Le paradoxe d'autre, Les Temps ModernesJunho de 1946, p. 1580

19 de outubro de 2008

Questões de Concurso - Teorias e Técnicas Psicológicas

PREFEITURA UMBAÚBA/SE

12) O poder de motivação dos sentimentos de inferioridade como centrais à personalidade foi abordado por:

A) Karen Horney. B) Sullivan. C) Adler. D) Erickson. E) Fromm.


Adler dirigia sua atenção para a singularidade de cada pessoa, as pessoas devem ser entendidas a partir de uma perspectiva social, e não biológica, “o tema central da teoria de adler é o esforço incessante para se alcançar um modo de vida mais satisfatório” (p.119).

Inferioridade: Sensação de estar dominado por um sentimento de autodesvalorização, a motivação humana básica é passar de um sentimento de inferioridade para outro de superioridade, esse processo é desencadeado pela sensação de sentir-se menos.

EVOLUÇÃO DAS IDÉIAS DE ADLER ACERCA DO ESFORÇO PARA MELHORAR

Inferioridade orgânica:

Inferioridades herdadas intensificam a sensação normal de fraqueza e impotência que todas as crianças pequenas já que sua sobrevivência depende dos outros, é a experiência subjetiva que é importante na determinação do sentimento de inferioridade, o órgão fraco pode torna-se a base de um desajustamento neurótico, quando a pessoa explora a deficiência física, como desculpa, num ajustamento saudável a criança luta para compensar a inferioridade orgânica, se a compensação fracassa, o individuo pode desenvolver um complexo de inferioridade.

Pulsão agressiva

O impulso para sentir-se mais pode adotar uma forma de briga, crueldade, ou expressar-se na forma socializada da competição ex: esportes agressivos, negócio agressivos.

Protesto masculino

Uma afirmação de masculinidade que implica maior competência, superioridade e controle, agressividade e atividade são vistos como masculino e submissão e obediência como femininos.
“As mulheres (...) são motivadas pelo protesto masculino quando lutam contra a restrição do papel feminino socialmente desvalorizado” (p.121).
Busca da superioridade: no sentido do aperfeiçoamento.
Busca de perfeição: Processo de crescimento interno, inerente ao indivíduo, um esforço realista para se aperfeiçoar.

COMPLEXO DE INFERIORIDADE

Quando os processos de crescimento se detêm e a situação de sentir-se menos é forte demais pra ser superada e a pessoa aceita a sensação exagerada de inferioridade como verdadeira.

COMPLEXO DE SUPERIORIDADE

Neuróticos reprimem seus sentimentos de inferioridade e se acreditam melhores que os outros, comportam-se de forma arrogante, exageram suas realizações e etc.


Referência:
CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

18 de outubro de 2008

Ensinar e Aprender

Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor
Admirável chip novo, Pitty

Este blog vive uma fase de assuntos educacionais, pois estou vivendo um semestre de licenciatura já que meu curso com muito orgulho oferece além da formação de psicólogo, uma formação de licenciatura em psicologia, o que nos traz questionamentos que servirão para quem for exercer a profissão docente, já que ver-nos com olhos de aluno é uma coisa e de professor é outra.
É nos colocado várias teorias da aprendizagem, que a significância, a afetividade, a interação, a cultura, tudo influi na aprendizagem, e um ponto fundamental é a liberdade, a crítica, a reflexão, digo com meu jeito típico de nordestina, bem humorada que o conflito é “como agüentar um aluno questionador?”
Estão gritando por aí, que a sala de aula tem de ser um lugar de reflexão, de senso crítico, estão gritando por aí que o professor tem de ser um facilitador.
São os mesmos gritos que mandam: cale boca e fique quieto!Me respeitem!

"Em contraposição a abordagens tradicionais onde o indivíduo é tratado como um passivo receptor de conteúdos, o construtivismo tem como premissa que o indivíduo é o agente construtor de seu próprio conhecimento, na medida em que os significados por ele construídos a partir de suas experiências e vivências em diferentes contextos fornecem sentido e constituem representações da realidade "(Piaget & Garcia, 1987).

Nossa educação é reflexo da nossa sociedade, nós somos reflexos da nossa sociedade, e os alunos são reflexos da nossa sociedade.
A grande maioria de nós somos filhos de uma escola em que o professor é o detentor do conhecimento e somos simples expectadores, como trabalhar o senso crítico, e a reflexão de um aluno, se eu como aluno, não fiz isso? Não fui incentivada a isso?

Imaginem a cena:

Eu, estudante de psicologia praticamente formada, preparo um aula bacana , leio três teóricos; o assunto; uma coisa básica de psicologia, então me vem um aluno, que não tem metade dos meus conhecimentos , questionar o que eu tô colocando e os meus três amigos teóricos que passaram a vida dedicados a pesquisas exaustivas desse tema, ufa!

Quanto à formação dos professores numa abordagem construtivista, pode-se afirmar que assim como o aluno constrói o conhecimento, o mesmo acontece com o professor. Os professores devem passar por experiências de aprendizagem para confrontar suas experiências particulares, suas crenças tradicionais, seus conhecimentos sobre o desenvolvimento psicológico das crianças. É compartilhando suas experiências com outros educadores, que os professores podem questionar, refletir e construir a prática pedagógica nos moldes construtivistas, com novas perspectivas pedagógicas (Fosnot, 1998a, 1998b)”

Outra questão seria: o professor é um super homem ou uma super mulher?, que tem que perceber esses 50 alunos como indivíduos com suas realidades e suas culturas, que possuem conhecimentos prévios, indivíduo livres para construirem junto com o professor esse conhecimento novo, além de tudo trabalhar a desmotivação ás vezes mútua, sem falar nas questões salariais e estruturais e egóicas desse detentor de conhecimento


Conforme os pressupostos da abordagem construtivista, o papel do professor deve ser o de mediador e equilibrador de situações de aprendizagem, bem como de conflitos que ocorrem em sala de aula. Comparada a postura do professor numa perspectiva tradicional, cabe a esse professor aceitar que também o aluno possui um repertório de conhecimentos e, ao entrar na escola, prossegue nessa construção. Assim, não cabe ao professor somente transmitir o que ele sabe ou a que já se encontra sistematizado, e sim compreender conceitos e vivências reveladas pelos alunos a partir de seu universo sócio-cultural.(Machado, 2007).”

É pra isso que estamos aqui, alguém tem de praticar realmente a teoria, o que faz a diferença é no momento em que aquele aluno questionar seus conhecimentos, o conteúdo e outros teóricos, respire fundo e antes que aquela voz interior diga “mas quem é você pra questionar isso? Quem vc pensa que é? você não sabe quem com que está falando?”Perceba que o conteúdo para ser apropriado tem de ser significante, gerar o conflito, o questionamento, e é esse o papel de professor, ensinar e aprender, se vc não agüenta isso, bote a viola no saco e vá fazer outra coisa.

referências:
FACCI, M. G. D. Valorização do trabalho do professor e a escola de vigotski, disponível em http://www.abrapee.psc.br/artigo11.htm

SANTOS, H.;;SILVA, A. . T. B.;REZENDE, F.Um estudo da prática construtivista do tutor de um curso a distância de formação continuada de professor de física
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/viii/PDFs/CO22_2.pdf

17 de outubro de 2008

O Falcão e a Águia


Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo:
- Nós nos amamos, e vamos nos casar - disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã, alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos, que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos, e viu eram verdadeiramente formosos exemplares... - Agora - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro; quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres.

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.
E o velho disse:- Jamais esqueçam o que estão vendo; este é o meu conselho: Vocês são como a águia e o falcão; se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro.

Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.

16 de outubro de 2008

BIOENERGÉTICA

HISTÓRICO
· Criada por Alexander Lowen “A bioenergética é baseada no trabalho de Wilhelm Reich” (LOWEN, 1910).
· Curso com Reich 1941 sobre análise do caráter
· História pessoal Lowen-percebe que a atividade física melhora a saúde e estado mental.
· Iniciou terapia com Reich em 1942- desenvolveu o Reflexo do Orgasmo, mas :

· “Meu medo de falhar e a minha necessidade de me sair bem não tinham sido superados. Minha incapacidade de chorar, a menos que eu fosse encostado na parede, não havia sido explorada”(Lowen, 1910,p.22).

· Em 1947-1952- Curso de Medicina e Terapeuta Reichiano
· Em 1956 funda com Jonh C. Pierrakos O Instituto de Análise Bioenergética.
· Terapia conjunta com jonh Pierrakos –desenvolveu os principais conceitos e exercícios da bioenergética.

Grounding

Percepção de que seus pacientes sentiam falta de ter seus pés firmemente plantados no chão;essa falta correspondia a sua condição de “estar voando nas nuvens”.

Stool

Espécie de banco.
Usando esse acento o indivíduo conseguia o efeito de estimular a respiração.


O aspecto físico se tornou mais ativo:

· Bater para expressar a raiva
· Respiração
· Terapeuta usa o toque para aliviar a tensão

Referência:
LOWEN, A. Bioenergética, ed. Summus, 1982.

14 de outubro de 2008

Questões de Concurso - Teorias e Técnicas de Psicologia

PSICÓLOGO -PREFEITURA SÃO LUÍZ 2008

Questão 34

Na Gestalt-terapia, Frederick Perls sugere a existência de quatro mecanismos neuróticos básicos (distúrbios de limites) que impedem o crescimento. São eles:

a) Projeção, fixação, condensação e retroflexão
b) Introjeção, projeção, confluência e retroflexão
c) Condensação, introjeção, projeção e confluência
d) Introjeção, condensação, confluência e fixação
e) Confluência, projeção, retroflexão e condensação

O neurótico, segundo Perls, é aquele indivíduo que permite que os limites sociais e ambientais penetrem profundamente dentro dele mesmo, fazendo com que essa pessoa procure exercer manobras defensivas para voltar ao equilíbrio do organismo e proteger o mesmo contra esse mundo invasor. Perls dizia que isso é a neurose. Essas manobras defensivas que a pessoa procura para defender-se do ambiente.
Perls sugere que existem quatro mecanismos neuróticos básicos, ou distúrbios de limites capazes de impedir o crescimento: introjeção, projeção, confluência e retroflexão.


 Curso de Gestalt Terapia
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/cursos/724/curso-de-gestalt-terapia/afiliado/5356

Introjeção
Introjeção ou "engolir tudo" é o mecanismo pelo qual os indivíduos incorporam padrões, atitudes e modos de agir e pensar que não são deles próprios e que não assimilam ou digerem o suficiente para torná-los seus. Um dos efeitos prejudiciais da introjeção é que os indivíduos introjetivos acham muito difícil distinguir entre o que realmente sentem e o que os outros querem que eles sintam, ou simplesmente o que os outros sentem.

Na introjeção esse material absorvido é composto de atitudes, conceitos, leis, normas, padrões de comportamento, princípios morais, valores; muitas vezes impostos à pessoa, ao self, já desde a sua infância. Os “você deve” começam bem cedo na vida. São acréscimos estranhos ou novos que são anexados à personalidade através desse mecanismo chamado de introjeção.
Se não houver discriminação ou assimilação, esses introjetos tornam-se um peso, são como corpos estranhos instalados na mente da pessoa.

Ainda segundo Perls (1988, p.48) apud Koller(2004), os perigos da introjeção são duplos. Em primeiro lugar, a pessoa que introjeta, sem discriminação ou assimilação, não desenvolve a sua própria personalidade porque está muito preocupada com os corpos estranhos alojados em seu sistema. Em segundo lugar, a introjeção contribui para a desintegração da personalidade.
De acordo com os Polster (2001, p.87), apud Koller(2004):
A pessoa que engoliu “sem mastigar” os valores de seus pais, de sua escola e de sua sociedade clama que a vida continue sendo como antes. Ela é um terreno fértil para a ansiedade e a defensividade quando o mundo a sua volta se transforma. Ela manipula sua própria energia de modo a apoiar os padrões introjetados

Projeção
 A projeção é a tendência de responsabilizar os outros pelo que se origina no self. Envolve um repúdio de seus próprios impulsos, desejos e comportamentos, colocando fora o que pertence ao self.
O projetor neurótico evita a frustração da emoção negando que esta seja sua, vinculando-a com alguma outra pessoa
Existem sinais de projeção quando: - o foco está no outro, não existindo responsabilidade pessoal; - existem queixas referentes ou em relação ao meio; - se busca justificativa na posição de vítima das situações; - a ação é sempre esperada do meio; - a negatividade está presente e às vezes em desacordo com as evidências; - o uso repetitivo dos pronomes Tu –Eles, você, no lugar do Eu; - o mundo inteiro é permeado de fantasias.

Confluência
Na confluência, os indivíduos não experienciam nenhum limite entre eles mesmos e o meio ambiente. A confluência torna impossível um ritmo saudável de contato e de fuga, visto que tanto o primeiro quanto o segundo pressupõem um outro. Este mecanismo também impossibilita a tolerância das diferenças entre as pessoas, uma vez que os indivíduos que experienciam a confluência não podem aceitar um senso de limites e, portanto, a diferenciação entre si mesmo e as outras pessoas.
A confluência é a ausência do limite no contato com o meio. A pessoa segue a correnteza do campo comportamental (a realidade em si mais os significados dados pelo organismo) e deixa-se levar, submetendo-se a ela. Isso envolve pouco gasto de energia por escolha pessoal. É, também, a ausência da experiência da fronteira de contato, com falhas no processo de construção e destruição de gestalten.
Há situações em que a pessoa precisa submeter o seu estilo próprio para desempenhar um papel designado numa atividade em equipe (por exemplo: um time de futebol, um canto coral, um grupo de trabalho). Ela opta por integrar-se ao processo da equipe, com uma doação do eu para uma unidade mais ampla. Nesses casos difere da confluência porque o senso do eu mantém-se como figura. Mas, se perder o senso do eu, cedendo às exigências de concessões pessoais constantemente, poderá ser levada ao rompimento do contato e à confluência disfuncional.

Retroflexão
Significa voltar-se de forma ríspida contra. As pessoas retroflexoras voltam-se contra si mesmas e, ao invés de dirigir suas energias para mudança e manipulação de seu ambiente, dirigem essas energias para si próprios. Dividem-se e tornam-se sujeito e objeto de todas suas ações e passam a ser o alvo de seu comportamento.
O retroflexor faz consigo o que gostaria de fazer aos outros. Na verdade quando ele retroflexiona um comportamento, trata a si mesmo como originalmente quis tratar a outras pessoas ou objetos. Ao invés de dirigir suas energias para fora, para o meio, onde pode e deve satisfazer suas necessidades, redirige sua ação para dentro e se coloca no lugar do meio como alvo do comportamento.


Curso de Psicologia Clínica
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/cursos/167/curso-de-psicologia-clinica/afiliado/5356  

Referências:

KOLLER,B. C. A experiência de envelhecer na pespectiva da gestalt terapia(2004) Disponível em http://www.bvs-psi.org.br/espec/MonoBrunoKoller.pdf, acesso em 14 de outubro de 2008.


12 de outubro de 2008

Falando de mãe

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR UM SORRISO…
ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!’

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO…
‘EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!’

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS…
SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!’

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA…
PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?’

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO…
‘CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!’

Me ensinou a CONTRADIÇÃO…
‘ FECHA A BOCA E COME!’

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO…
‘ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!’

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA…
CALMA!… QUANDO CHEGARMOS EM CASA TU VAI VER SÓ…’

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS …
OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!’

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO…
‘SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!

Minha Mãe me ensinou MEDICINA…
PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE.’

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL…
SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!’

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA…
‘VOCÊ É IGUALZINHO AO TRASTE DO SEU PAI!’

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES…
‘TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?’

Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA…
UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!’

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO…
‘MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!’

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ…
SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!’

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO…
‘OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!’

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO…
VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!’

Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRILOQUIA…
NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?’

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO…
‘EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!’

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR…
‘SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!’

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS…
‘SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!…’

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA…
JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!’

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS…
‘VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!’

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE…
‘QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER.’

‘Brigado’ Mãe…

11 de outubro de 2008

BOA SORTE

Faz dois dia que ela se enfeita , o dia anterior foi marcado por uma tarde de pseudo escova progressiva(não me perguntem sobre isso, não faço a menor idéia), escolheu sua melhor roupa, vestiu-a , ela lhe caiu muito bem, no grande dia passou a tarde amaciando o sapato novo( eu também tenho um do mesmo modelo, realmente é muito desconfortável)
Tudo ok!, Roupa,bolsa, sapato,cabelo, maquiagem,grana, telefonemas, ela sai do quarto, a mãe olha ....


-Tá ,indo pra onde minina? A essa hora? Não vai ,não.



AHEUHAUHEUHUAHUEHUAHUEHUHAUHEUHUAHE
( tá, maldade! Mas que foi engraçado, foi)



Mas, como sou uma boa irmã, resolvi usar o meu poder de veto,
Me deve uma.....

PS: Esse post tem a intenção cara de pau de fazer propaganda de como eu sou gente boa, por favor, gostem de mim, riam das minhas piadas, comentem meus posts oh! Oh! Oh!

PS2:Me perdoem, é sábado a noite e estou sóbria.

Psicologia escolar -Diagnóstico escolar

A escola pode ser percebida como um microcosmo social, em que emerge problemas dos mais variados tipos e também um caminho para solução, pois a educação mostra-se como um dos primeiros passos para a construção de uma sociedade melhor.

Segundo Martins (2003) a escola mostra-se como um campo de contradições sócio-culturais e econômicas reflexos da nossa sociedade, a intervenção do psicólogo escolar propicia “a expressão destas contradições através da organização dos diversos segmentos (estudantes, pais, professores, etc.) que participam do cotidiano” , um dos instrumentos do olhar do psicólogo é o diagnóstico escolar.

O diagnóstico escolar refere-se a um instrumento de pesquisa que visa perceber, a escola, os indivíduos, a comunidade escolar e as famílias para que sejam percebidos e avaliados os pontos positivos e negativos e os focos de intervenção a fim de que o psicólogo possa executar um plano de ação, o que corrobora com Winter apud Patto (1984), pois recomenda “a atuação do psicólogo junto ao sistema escolar, o trabalho comunitário e a condução de pesquisas”. No diagnóstico escolar o psicólogo analisa as condições físicas da instituição colocando-se no papel de ergonomista estudando “as dimensões do ambiente escolar que podem diminuir ou aumentar a produtividade de docentes, discentes, técnicos e funcionários” (PATTO, 1984, p. 104), observa-se a estrutura organizacional, recursos humanos, analisando a disciplina na escola, relações entre os segmentos, à rotina escolar demonstrando a função deste psicólogo como um consultor que “oriente e treine professores na solução de problemas surgidos em sala de aula, quer em relação ao ajustamento do aluno às normas da classe, quer em relação ao processo de aprendizagem totalmente dito” (idem, p. 102), além de um especialista educacional que antes de tudo “evita o surgimento de dificuldades” (ibidem, p. 103).

A melhor forma de realizar o diagnóstico é “utilizando-se da metodologia da observação participante” (MARTINS, 2003), tendo acesso ás várias dimensões da instituição – “a sua história documentada e a sua história não documentada” .

Curso de Psicologia Escolar

Referências:

MARTINS, J. B., A atuação do Psicólogo Escolar: Multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em estudo, Maringá, V.8, n.2, 2003. Disponível em< http://www.scielo.br/pdf/pe/v8n2/v8n2a04.pdf> acesso em 10 de junho de 2008.

OLIVEIRA, G. C., Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque Psicopedagógico. Petrópolis, R.J., Vozes, 1997,

PATTO, M.H.S. Psicologia e ideologia: uma introdução crítica à psicologia escolar. São Paulo, T.A. Queiroz, 1984.

10 de outubro de 2008

A propaganda é a alma do negócio

Propagandas "criativas" sobre religião:






Mensagem subliminar

A figura do post anterior é (segundo a fonte) um exemplo de mensagem subliminar, e o blog estudando psicologia foi estudar, existe realmente isso de mensagem subliminar.


"...Considera-se subliminar qualquer estímulo que não é percebido de maneira consciente, pelo motivo que seja: porque foi mascarado ou camuflado pelo emissor, porque é captado desde uma atitude de grande excitação emotiva por parte do receptor, (...) porque se produz uma saturação de informações ou porque as comunicações são indiretas e aceitas de uma maneira inadvertida" (Ferrés. "Televisão subliminar" p.14).


Segundo Bazanini e Calazans, “Subliminares são mensagens-estímulos-comandos-sugestões que entram na mente de contrabando, como um vírus de computador que fica inerte, latente, e só seriam ativados na hora certa influenciando-condicionando processos decisórios ou tomada de atitudes posteriores”.


Os autores citam alguns exemplos:

A inserção de dois fotogramas com fotos de uma mulher com os seios nus no desenho animado da Disney “Bernardo e Bianca”, diversas vezes reprisado em televisão aberta e a cabo, conforme a Folha de São Paulo de 15 de janeiro de 1999, “Pela primeira vez na história da companhia, a Disney admitiu ter encontrado imagens subliminares num de seus filmes de animação”.
A cena acontece aos 28 minutos do filme e é imperceptível sem que se pare no quadro a quadro.
Dois sites da Internet iniciaram a polêmica, um deles foi http://www.entertainium.com/francais/video/rescuers2.html, graças a eles, a Disney foi obrigada a recolher 3,4 milhões de fitas em locadoras de vídeo nos USA.





Outro caso ocorreu em setembro de 2000, no decorrer da campanha presidencial norte-americana, o candidato republicano à eleição, George Bush, em um filme de televisão veiculou críticas ao programa do candidato democrata Al Gore.
Ao criticar o sistema de reembolso de remédios, a equipe de publicitários de Bush) inseriu, em um “frame” (uma divisão de tempo de varredura da tela equivalente a uma parte entre trinta divisões de um segundo, 1/30 de segundo) a palavra “RATS” (ratos) sobreposta à frase “bureaucrats decide”.



Segundo Osmar Freitas, correspondente em Nova York, na revista "ISTO É", n.1616 de 20 de setembro de 2000, página 118: “Caracterizava-se, assim, um dos mais clamorosos exemplos de propaganda subliminar jamais descobertos”.
Este fato foi amplamente noticiado e documentado em rádio e televisão brasileira, incluindo matérias em jornais conceituados como "O ESTADO DE SÃO PAULO" (“Bush é acusado de usar propaganda subliminar” 13 de setembro de 2000, A15) e "FOLHA DE SÃO PAULO" (“Bush é acusado de propaganda subliminar” 13/9/200), ambas matérias distribuídas pela renomada e fidedigna agência de notícias Reuters.

EXISTE,
MAS FUNCIONA?


Fonte:
BAZANINI, R., CALAZANS,F. M. A. História da retórica subliminar na televisão: Casos das Signagens Subliminares nas Mídias Áudio-Visuais do Século XX.

Mais sobre mensagens subliminares

http://www.calazans.ppg.br/c_ci01.htm

8 de outubro de 2008

Ao vencedor ,as batatas!

Me contaram uma história e adoro analisá-las, tô pensando em criar outro blog, a psicologia e a vida real ou a vida é mais forte que as teorias ou como usar o jargão psicológico para falar verdades que você não quer ouvir, isso vale para as expressões: “isso é questão sua” “vai trabalhar os teus conteúdos”’isso é transferência” unido a todos os mecanismos de defesa “vc está regredindo” “racionalizando”, “ identificando”, “negando”......... Mas continuando a história uma amiga minha muito gata, legal, gente boa, inteligente, tudo de bom , estava discutindo a relação quando ouve:

-você é fundo não é figura


É POR ISSO QUE EU AMO PSICOLOGIA!


Figura e fundo : "Na Gestalt-terapia, nós começamos a relacionar a figura, a experiência do primeiro plano, com o fundo, com a perspectiva, com a situação... O significado é a relação da figura em primeiro plano com o seu fundo."Os psicólogos gestaltistas... propuseram a teoria de que a pessoa que percebe não era um simples alvo passivo para o bombardeamento sensorial originário do meio ambiente; mais propriamente, ela estruturava e impunha uma ordem às suas próprias percepções. Basicamente, ela oganizava as percepções do fluxo sensorial recebido na experiência primária de uma figura sendo vista ou percebida contra um background, ou fundo. A figura poderia ser uma melodia, diferenciada de um fundo harmônico, ou poderia ser um padrão visual emergindo como uma entidade coerente contra um agrupamento de linhas estranhas. Uma figura, seja ela simplesmente perceptual ou consistindo de uma ordem de complexidade superior, emerge do fundo à maneira de um baixo relevo, avançando para uma posição que força uma atenção e que acentua as suas qualidades de limites e clareza.

*Na figura os galhos da arvores junto com a parte de baixo formam um bebê!

6 de outubro de 2008

Questões de Concurso - Psicologia Organizacional

 PSICÓLOGO JÚNIOR- PETROBRÁS 2008

Questão 28
A capacidade de construir a si próprio e à espécie, produzindo e reproduzindo a si próprio e à espécie, define a Saúde

(A) Organizacional.
(B) Psicossocial.
(C) Reprodutiva.
(D) Coletiva.
(E) Mental


Codo, Soratto e Vasques-Menezes (2004, p. 279) reivindicam para o trabalho lugar similar ao que a psicanálise reservou à sexualidade na compreensão dos seres humanos. Para esses autores, "saúde mental é a capacidade de construir a si próprio e à espécie, produzindo e reproduzindo a si próprio e à espécie". Portanto, "distúrbio psicológico, sofrimento psicológico ou doença mental são o rompimento dessa capacidade".

Questão 52
O modelo teórico explicativo da cultura organizacional proposto por Schein ressalta a importância dos pressupostos básicos que resultam de comportamentos compartilhados pelos membros da organização e que são considerados

(A) verdades inquestionáveis.

 (B) orientadores do desempenho dos papéis.
(C) responsáveis pela imagem externa da organização.
(D) elementos significativos dos rituais da organização.
(E) componentes dos mitos da organização.


O estudo da cultura organizacional teve como pioneiro Edgar Schein e de sua definição de cultura organizacional muitos outros estudiosos desenvolveram seus conceitos e construtos teóricos sobre o assunto. Schein propõe a cultura organizacional como sendo:
Um padrão de suposições básicas – inventadas, descobertas ou desenvolvidas para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna – que funcionam com eficácia suficiente para serem consideradas válidas e, em seguida, ensinadas aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir esses problemas (SCHEIN, 1985, p. 9 – Organizational Culture and Leadership).

Na proposta de Schein (1984), a subjetividade da cultura organizacional se expressa no plano dos valores e pressupostos básicos. Quando Schein preocupou-se em ir além dos comportamentos observáveis e dos valores que podem ser justificados conscientemente, tornou-se primordial a investigação dos pressupostos a fim de desvendar o universo cultural de determinada organização.
Schein (1984) advoga que são os pressupostos, e não os valores, os pontos centrais da cultura. Quando um grupo ou uma organização resolve seus problemas coletivos, este processo inclui alguma visão de mundo, algum mapa cognitivo, algumas hipóteses sobre a realidade, e, se o sucesso na resolução dos problemas ocorre, aquela visão de mundo passa a ser considerada como sendo correta e válida.
Os pressupostos, para esse autor são respostas aprendidas, originadas em valores esposados. Ao assumir-se determinado valor, gera-se um comportamento e quando este ajuda a resolver os problemas, esse valor é gradualmente transformado num pressuposto. À medida que o pressuposto é internalizado como verdade, ele passa para o nível da inconsciência, ou melhor, torna-se uma verdade inquestionável. Estes pressupostos não questionados, aceitos como verdade, têm um grande poder, pois serão menos “atacados” do que os valores esposados
Sem dúvida, a cultura vai além das normas e valores de um dado grupo, é mais um resultado final, baseado na repetição do sucesso e no processo gradativo de parar de questionar as coisas. Para Schein (1984), o que torna uma coisa “cultural” é essa qualidade de “deixar de questionar”, o que torna os pressupostos virtualmente inquestionáveis.


Referências:

BORSOI, Izabel Cristina Ferreira. Da relação entre trabalho e saúde à relação entre trabalho e saúde mental. Psicol. Soc. [online]. 2007, vol. 19, no. spe2008-10-06], pp. 103-111. < script="sci_arttext&pid="S0102-71822007000400014&lng="&nrm="iso">. Acesso em 6 de outubro de 2008.

CASTIGLIA, F. Z.,MALSCHITZKY,N.Cultura organizacional, estilos de liderança e a comunicação interpessoal nas organizações.Acesso em 6 de outubro de 2008.

NASCIMENTO, A. A.,VIANA DIAS, B. O. S. Elementos da cultura organizacional: um estudo de caso. Disponível em< http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/OGT/cogt03.htm> A cesso em 06 de outubro de 2008.

4 de outubro de 2008

Análise do Filme : Eu, eu mesmo e Irene




Introdução

Para este estudo foi analisada uma obra cinematográfica Me, Myself and Irene (eu, eu mesmo e Irene), trata-se de uma comédia, lançada em 2000(EUA), conta a estória da vida de Charles Baileygates, dos 18 aos 36 anos de idade, trabalha como policial, na policia estadual de Rond Island, casou aos 18 anos com Layla, que o abandonou anos depois, deixando-o com três filhos ilegítimos para cuidar, mesmo as crianças sendo de cor negra (sendo Charles e Layla da cor branca) Charles nunca admitiu a possibilidade de não serem seus filhos. Depois deste evento Charles se tornou apático, evita o enfrentamento, enfrentamento este necessário na sua profissão.
Ele se queixa ao longo do filme de que há algo dentro dele querendo sair, explodir, mas são necessário dezoito anos e um acontecimento banal (ele está na fila do caixa do supermercado, e outro cliente pede para passar na sua frente com dois carrinhos cheios de compras) pra que sua outra personalidade venha á tona Hank Evans.

Desenvolvimento

1. Transtorno dissociativo e de identidade
1.1.Epidemiologia


O transtorno dissociativo de identidade tem maior prevalência em mulheres, mas no caso deste estudo quem o possui é um homem de 36 anos o que corrobora com o aspecto de que os homens são sub-relatados nas amostras. Não há evidencia de tentativa de suicídio neste caso

1.2.Etiologia
O evento traumático predominante é representado pelo abandono do lar, sua esposa vai embora com outro homem e deixa-o com três filhos notadamente ilegítimos desse casamento, é enfatizada no filme a sua falta de reação a este acontecimento.

1.3.Características Clínicas
O transtorno dissociativo de personalidade se caracteriza pela presença de dois estados distintos de personalidade, Charles é a identidade primária e sua segunda personalidade é Hank.
Charles Baileygates: É um homem pacato, evita enfrentamento, tem hábitos alimentares saudáveis, não fuma, não bebe.
Hank Evans: Se mostra violento, vocabulário pobre e agressivo, sem limites, quando percebe que alguém viola as regras usa a violência, o que é contraditório, pois Hank é amoral, e não respeita nenhuma regra.
Hank aparece sempre em momentos em que Charles se depara com uma situação estressante e de enfrentamento Ex: quando Charles é agredido ou quando alguém fala grosserias com ele. Charles não conhece Hank, manifestando períodos de amnésia quando Hank aparece, enquanto Hank possui consciência de Charles explicando até mesmo o fato de Charles tê-lo criado.

Curso de Psicopatologia da Infância e Adolescência

1.4.Diretrizes diagnósticas

Verificam-se as seguintes diretrizes diagnósticas:

A. Presença de duas ou mais identidades ou estados de personalidade distintos (cada qual com seu próprio padrão relativamente persistente de percepção, relacionamento e pensamento acerca do ambiente e de si mesmo).
Presença de dois estados de personalidade Charles e Hank com as seguintes características:

CHARLES
Apático, fuga das situações de enfrentamento
Pacífico
Não fuma, hábitos alimentares saudáveis
Não possui consciência de hank

HANK
Ativo, procura situações de enfrentamento
Violento
Fumante, sem preocupação com sua saúde, autodestrutivo
Possui consciência de Charles e até o analisa

B. Pelo menos duas dessas identidades ou estados de personalidade assumem recorrentemente o controle do comportamento da pessoa
Hank aparece quando Charles se depara com situação estressante e de enfrentamento.

C. Incapacidade de recordar informações pessoais importantes, demasiadamente extensa para ser explicada pelo esquecimento comum.

Apenas Charles não recorda o comportamento de Hank

D. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., blackouts ou comportamento caótico durante a Intoxicação com Álcool) ou de uma condição médica geral (por ex., crises parciais complexas).
Devido aos hábitos alimentares saudáveis de Charles pode-se concluir que o transtorno não se deve a efeitos fisiológicos.

Conclusão
Verifica-se através da análise do filme My, Myself and Irene, que o personagem Charles possui um transtorno dissociativo de identidade pois seu caso se adequa a etiologia, características clinicas e diretrizes diagnósticas relacionadas ao transtorno.
Além de não se perceber nenhum outro transtorno dissociativo, esquizofrenia, transtorno bipolar de ciclagem rápida, transtorno de personalidade de boderline (apesar da coexistência), epilepsia parcial complexa ou simulação que posa resultar em diagnostico diferencial.


Bibliografia
http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=79 > acesso em 12 de novembro de 2007
http://www.adorocinema.com/filmes/eu-eumesmo-irene/eu-eumesmo-irene.asp> acesso em 13 de novembro de 2007

2 de outubro de 2008

A louca dos gatos

Eleanor Abernathy , mais conhecida como o Crazy Cat Lady é uma personagem da série The Simpsons
Ela está sempre rodeada de gatos, sempre agredindo as pessoas, jogando os animais nelas. Nunca pronuncia uma frase que possa ser integralmente entendida ou que tenha coerência. Evita contatos sociais e se veste de modo que parece uma mendiga, característica ressaltada pelo estado ruim de seu cabelo. Apesar de não se saber sua real idade, pode-se notar que a Louca dos Gatos é uma idosa.
Foi ela que deu o gato Snowball V (Ou Bola de Neve V) para Lisa Simpson, que é semelhante ao Snowball II.
Já tornou-se sã no episódio Homer e Ned's Ave Maria Pass, mas depois retorna ao seu comportamento "normal". Quando criança, Eleanor Abernathy quis ser advogada, formando-se aos 24 anos na Harvard Medical School e na Yale Law School. Mais tarde, aos 32 anos, já apresentava sinais de alcoolismo e começa a ter apego ao seu gato de estimação e, aos 40, assume seu atual comportamento.



Ps: qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência
Ps2:mas sou alérgica a gatos

1 de outubro de 2008

Questões de Concurso - Teorias e Técnicas Psicoterápicas



QUESTÃO 23) CONSULPLAN-DEMASP -BARBACEMA 2008

Sobre Wilhelm Reich, fundador da psicoterapia orientada para o corpo, pode-se afirmar, EXCETO:

A) Enfatizou em seu trabalho terapêutico, a importância de lidar com os aspectos físicos do caráter de um indivíduo.
B) Interessou pelos aspectos que a sociedade desempenha na criação de inibições dos institutos, em particular os sexuais do indivíduo.
C) Fez uma importante análise das raízes da ideologia no caráter do indivíduo.
D) Forneceu considerável incentivo teórico e prático para os fundamentos de uma alternativa para o behaviorismo e a psicanálise, que deixam de explicar o amor e a criatividade.E) Analisou em detalhes a postura dos seus pacientes e seus hábitos físicos a fim de conscientizá-los de como reprimiam seus sentimentos vitais em diferentes partes do corpo.

QUESTÃO 23) CONSULPLAN CEPISA 2008

Sobre a “energia orgônica” da Teoria de Reich é correto afirmar:

A) A energia orgônica funciona no organismo vivo como energia biológica específica, governa o organismo total e expressa-se nas emoções e nos movimentos puramente biofísicos dos órgãos.
B) É a capacidade de descarregar completamente a excitação sexual.
C) Dá ênfase no aqui e agora, numa visão holística.
D) Todo pensamento tende a ser parte de uma consciência social.
E) N.R.A.


Wilhelm Reich, nascido em 1897 na Galícia, foi o fundador do que poderíamos chamar de psicoterapia orientada para o corpo.
Em seu trabalho Reich veio, gradualmente, enfatizar a importâcia de lidar-se com os aspectos físicos do caráter de um indivíduo, em especial os modelos de tensão muscular crônica, que ele chamou de couraça muscular.
Ele estava também interessado no papel que a sociedade desempenha na criação de inibições dos instintos - em particular os sexuais - do indivíduo
Francés afirma que a unidade fundamental do pensamento reichiano pode ser apreciada em sua obra A função do orgasmo, publicada em 1929, que indica a base da enfermidade mental e dos conflitos e tensões sociais como uma perturbação do desenvolvimento livre e sadio das funções biológicas básicas, precisamente a do orgasmo, relacionando o equilíbrio individual e social com o equilíbrio orgânico e celular no quadro de um processo energético.

Conceitos básicos:
1. A saúde psíquica depende da
potência orgástica;

2. A enfermidade mental é um resultado das perturbações da capacidade natural de amar;

3. A maioria dos seres humanos sofre de impotência orgástica, pois a energia biológica está bloqueada e se converte, assim, na fonte das mais diversas manifestações irracionais;

4. A cura dos transtornos psíquicos requer, em primeiro lugar, o restabelecimento da capacidade natural de amar. Isso depende tanto das condições sociais como das psíquicas;

5. As perturbações psíquicas são o resultado do caos sexual, originado pela natureza da sociedade;

6. A energia vital, em circunstâncias naturais, tem poder de auto-regulação;

Curso de Psicossomática

7. A estrutura caracterológica do homem atual – que vem perpetuando uma cultura patriarcal e autoritária há quatro mil anos –caracteriza-se por um “encouraçamento contra a natureza dentro de si mesmo e contra o mundo social que o rodeia”. (Reich, 1974) Esse encouraçamento do caráter é a base da solidão, do desamparo, do insaciável desejo de autoridade, do medo da responsabilidade, da angústia mística, da miséria sexual, da rebelião impotente, assim como de uma resignação artificial e patológica. Os seres humanos têm adotado uma atitude hostil quanto ao que está vivo dentro de si mesmos, do qual têm se distanciado. Esse encouraçamento não possui uma origem biológica, e sim social e econômica;

8. A formação do caráter no âmbito autoritário tem como ponto central não o amor parental, mas a família autoritária. Seu instrumento principal é a supressão da sexualidade na criança e no adolescente;

9. O não cumprimento da lei natural da sexualidade (o homem é a única espécie que não a cumpre) é a causa imediata de uma série de desastres terríveis. “A negação social extrema da vida conduz às mortes em massa em forma de guerras, assim como as perturbações psíquicas e somáticas do funcionamento vital.” (Reich, 1974);
Segundo Ruiz e Marinho (2004) Os seres humanos, da mesma forma que todos os seres vivos, possuem uma energia interna que Reich nomeou de energia orgônica. ‘A energia orgônica flui em ritmo constante através de todo o corpo, do alto da cabeça à planta dos pés, pode ser sentida como uma agradável e quente sensação de saúde e bem estar’ (BEAN, 1973). Quando a energia orgônica não pode percorrer esse caminho de ida e volta, vai ocorrer um excesso de energia criando um estado de tensão. As queixas são comuns no consultório sobre impulsividade, doenças psicossomáticas, solidão, depressão, entre outras, pesquisando alguns casos, juntamente com a teoria encontramos um ponto em comum, a necessidade que as pessoas têm de um apoio emocional, o medo de estar consigo mesmo e a busca desenfreada para preencher um vazio de si mesmo.


Segundo Reich, a Energia Orgônica teria as seguintes propriedades principais:

1. A Energia Orgônica é livre de massa; não tem inércia nem peso.

2. Está presente em qualquer parte, embora em concentrações diferentes, até mesmo num vácuo.

3. É o meio para a atividade eletromagnética e gravitacional, o substrato da maioria dos fenômenos naturais básicos.

4. A Energia Orgônica está em constante movimento e pode ser observada sob condições apropriadas.

5. Altas concentrações de Energia Orgônica atraem a Energia Orgônica de ambientes menos concentrados (o que contradiz a lei da entropia).

6. A Energia Orgônica forma unidades que se tornam o centro da atividade criativa. Estas incluem células, plantas e animais, e também nuvens, planetas, estrelas e galáxias.

Referências:

RUIZ, E. A. R.; MARINHO, S. E. Uma forma de sustentação: holding. In: CONVENÇÃO BRASIL LATINO AMÉRICA,CONGRESSO BRASILEIRO E ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. 1., 4., 9., Foz doIguaçu. Anais... Centro Reichiano, 2004. Disponível em http://www.centroreichiano.com.br/artigos/Anais%202004/Eunice%20Azevedo%20Rezende%20Carrasco%20Ruiz.pdf 
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=161&sec=53

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