31 de outubro de 2008

Poltergeist e Bioenergética

A relação entre o fenômeno do poltergeist e o tipo de caráter da pessoa que o provoca é a mais nova linha de estudos que começa a se desenvolver em Pernambuco. Associando a Parapsicologia à Bioenergética, a psicóloga e parapsicóloga Wanessa Lima vem avaliando uma forma de tratamento a partir da abordagem corporal para os indivíduos envolvidos em tais manifestações.
Segundo os parapsicólogos, a maioria das ocorrências de poltergeist – caracterizadas por chuva de pedras, movimentação de objetos e até combustão espontânea – são causadas por pessoas na fase da pubescência (início da adolescência) ou em menopausa/andropausa. Dos pontos de vista fisiológico e psicológico, ambas as fases são marcadas por intensas transformações hormonais e emocionais.

O fenômeno é considerado um mecanismo de defesa parapsicológico, dado os altos níveis de tensão por que passam algumas pessoas nesses momentos de suas vidas. “Analisando os traços psicológicos característicos desses indivíduos, levantamos a hipótese da identificação do caráter deles como sendo do tipo esquizóide, de acordo com os termos propostos na Bioenergética por Alexander Lowen (fundador)”, explica Wanessa Lima.

CARÁTER – Antes de mais nada é importante esclarecer o que a Bioenergética entende como caráter. “Trata-se de um padrão fixo de comportamento, acompanhado de couraças musculares que se estrutura no corpo sob a forma de tensões musculares, em geral inconscientes e crônicas, as quais bloqueiam ou limitam os impulsos em seu trajeto até o objeto ou fonte de desejo”, descreve a parapsicóloga, que é graduanda no curso de formação de psicoterapeutas em Análise Bioenergética pelo Libertas Comunidade – representante no Nordeste da Sociedade Brasileira de Bioenergética.

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Segundo Alexander Lowen, o tipo esquizóide costuma apresentar comportamento hostil e frustração, forte sensação de rejeição, emprego significativo de mecanismo de defesa, sentimentos reprimidos de culpa e inutilidade, dificuldade em expressar sentimentos de infelicidade e agressão, entre outras características. “A fim de redirecionar a energia liberada durante o fenômeno e reduzir os níveis de tensão do indivíduo, propomos um trabalho corporal como solução para cessar a crise do poltergeist”, esclarece.



CASO BEBERIBE - A hipótese da parapsicóloga é abordada no livro O Poltergeist de Beberibe, escrito em parceria com o psicólogo e parapsicólogo Renato Barros, com lançamento marcado para o próximo sábado (23) na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas (IPPP).
Ocorrido no período de março a setembro de 1999, o caso descrito na publicação do IPPP afetou uma família residente no bairro recifense de Beberibe. Segundo a dupla de parapsicólogos, que acompanhou e solucionou o problema, foi um dos mais intensos registros de poltergeist já estudados em Pernambuco.

A casa onde eles moravam era freqüentemente atingida por chuvas de pedras, a mobília, roupas e vários objetos foram destruídos, inclusive pelo fogo”, contam os pesquisadores. A hipótese de combustão espontânea foi ratificada a partir da avaliação de peritos do Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), que não detectaram resíduo de materiais comburentes.

Foram identificadas como agentes causadoras do fenômeno uma adolescente de 15 anos e uma mulher de 21 anos que passava por mudanças hormonais por estar amamentando na época. Segundo a psicóloga, ambas apresentavam perfis que sugerem o caráter esquizóide, tendo seus conflitos emocionais acentuados por um ambiente de constantes brigas entre os integrantes da família que viviam em condições carentes, dividindo o espaço numa casa pequena. O caso foi solucionado depois que os parapsicólogos esclareceram sobre o fenômeno e suas causas, orientando e aconselhando o grupo familiar.

Falando sério: eu quero ser parapsicóloga.

Um comentário:

Anônimo disse...

Escrita prazeroza neste espaço, postagens como aqui vemos dão valor a quem reflectir neste blog :/
Realiza muito mais deste blog, aos teus cybernautas.

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