4 de outubro de 2014

Dicas de Concursos para Tribunais - Psicologia












2 de outubro de 2014

Dicas de Concursos de Psicologia

    Concursos público é coisa de profissional e os concursos de psicologia não ficam atrás, prova disso são os vídeos depoimentos no site Psicologia Nova que mostram os aprovados dos concursos mais concorridos da área, estudar antes do edital com os melhores materiais, estudar os livros básicos de psicologia do começo ao fim  e várias horas por dia estão se tornando coisas corriqueiras, neste post vou deixar algumas dicas de como estudar para concurso e os sites com materiais mais interessantes, quem tiver outras dicas é só comentar.


1. Estudar sem previsão de edital: essa dica é básica, os assuntos de psicologia estão cada vez mais amplos, psicodiagnóstico, psicopatologia, psicologia organizacional são temas básicos que tem uma variedade de assuntos , o jeito é pegar os livros básicos, e assimilá-los.

2. Escolha uma área para o concurso: Já que você vai estudar antes do edital é necessário usar nossa capacidade de análise para o concurso  base, imagine aí se você sonha com os institutos federais, e quando sair o edital da sua região você já tem estudado 80 a 90% do edital, aí é só revisar, fazer a prova e esperar o resultado.

3. Estudar muito: Decidiu fazer concurso então é planejar suas semanas para aproveitar cada momento vago para estudar, estudar e estudar, existem muitos aplicativos para contar as horas liquidas de estudo. Normalmente você tem que ter muita atenção nos conhecimentos específicos (psicologia), Português(sempre , essa tem que estar na ponta do lápis) e dependendo do concurso pode ter raciocínio lógico, informática, redação ou e disciplinas de direito, isso vai depender da sua área de escolha.

4. Faça muitos exercícios! De tudo que eu li gostei do Tripé(rsrs)  Exercício da aula anterior + revisão+ assunto novo e assim sucessivamente.

5. Revisão: Revisão da matéria que você organizou de uma forma que fica fácil e rápido de revisar(pois com certeza você resumiu, fez mapas mentais e anotou os bizus nas questões do exercício) e faça simulados, tem gente que faz uma dramatização do momento(rsrs) toma banho, senta, espera a hora e se concentra nas 4 horas ou mais de prova, ainda pede pra ir no banheiro, tudo isso pra que este momento se torne familiar.


                                       


Saiba mais:

https://sites.google.com/site/meirellesedeme/ (dicas de estudo)

Materiais:

http://www.psicologianova.com.br/
http://www.educapsico.com.br/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/alyson-barros-3231/


                                             


30 de setembro de 2014

O Terapeuta numa abordagem dialógica



        Sobre o terapeuta, numa abordagem dialógica, a sua individualidade está a serviço do dialógico, a ideia essencial seria de que a singularidade genuína nasce do relacionamento verdadeiro com os outros, a procura da terapia está relacionado com seu diálogo perturbado com os outros assim como a dificuldade de fazer contato consigo mesmo, por isso o terapeuta precisa estar com todos os seus sentidos, toda experiência, todo o treinamento em tomar consciência do que está faltando nessa situação potencialmente dialógica, além de complementar a polaridade oposta do paciente, aquela em que o cliente lida consigo mesmo e com o outro, ou seja, dar ao cliente o que ele não tem.
 Dessa forma estar a serviço exige muita disciplina e um escutar obediente, essa postura exige que se caminhe pela vereda estreita entre a responsabilidade por e para com outras pessoas, entre a objetividade e a subjetividade, sendo que a escolha do caminho para se trabalhar depende do encontro com esse cliente único nesse momento único. O maior desafio é: Como estar presente no nada - mais – que – processo e ainda assim não se perder no abismo; como utilizar a segurança da teoria e ainda assim não usá-la como uma defesa contra o desconhecido; como responder a singularidade, e, ainda assim, valorizar nossa humanidade comum? O passo mais essencial é estabelecer a possibilidade de um contato dialógico genuíno, é voltar-se para o outro e afastar – se de estar preocupado consigo, e ver o outro na sua alteridade única, o único objetivo é estar plenamente presente, mas as pessoas que não estão acostumadas a ter outro ser plenamente presente para si pode experienciar isso como uma situação esmagadora, logo, o terapeuta precisa de sensibilidade com esta presença, assim como, com a resposta e o responder a ela, percebendo assim como ela vai impactar determinado indivíduo, sem impô-la.
O terapeuta tem como finalidade de estar tão completamente aberto quanto possível a singularidade da outra pessoa, para isso é necessário adotar a postura dialógica de suspender seus pressupostos. Esta é uma forma Zen de estar, ficando aberto ao único, ao inusitado – para ser surpreendido. Teoria, treinamento e experiência são essenciais, mas no momento do encontro são o pano de fundo. A total suspensão dos pressupostos é algo impossível de ser feito, entretanto, a tentativa é mais uma postura de estar consciente dos próprios preconceitos e que eles são inconscientes, evitando que haja uma precipitação das suas conclusões, sugestões e interpretações.
O cliente quer ser ouvido no dito e no não dito, querem ser encontrado em níveis mais profundos, isso não acontecerá se a perspectiva do terapeuta ocupar muito espaço psicológico no “entre”, ou o que é pior ela for imposta em detrimento da experiência do outro, procurar suspender as pressuposições aumenta a possibilidade de estar mais disponível para os clientes num nível mais profundo.
Como posso começar a fazer contato com essa pessoa? É ficar - com a experiência fenomenológica do cliente a cada momento. É estar tão próximo a experiência da pessoa, que há uma ressonância visível a tal experiência, com a necessidade de se mover em ritmo semelhante ao do cliente, é estar presente de uma forma que valorize verdadeiramente aquela experiência, essas atitudes permitem ao cliente superar resistências, tonar-se denso e expandir seus limites de crescimento, é uma reverência para a experiência única dessa pessoa, é mostrar ao cliente que é saudável ficar dentro de sua experiência, no lugar de deixar prender por uma imagem e pelos deverias.
Outra questão é a inclusão, o terapeuta precisa dessa prática, tentando experienciar o que o cliente está experienciando do seu lado do diálogo. Há a sensação de ausência do self, ainda assim ele deve se mostrar centrado, a inclusão é ser capaz de pular de um lado para outro na relação e ainda assim permanecer centrado na própria existência precisamos parar de temer a perda do self, a fim de experienciar o outro lado, sendo que da mesma forma do momento Eu-Tu, não se pode visar, tê-lo como objetivo, pode-se somente colocar-se tão disponível quanto possível, para Buber a inclusão é diferente da empatia , pois esta é somente um sentimento enquanto a inclusão é o voltar-se existencial para o outro e uma tentativa de experienciar o outro lado.
Outro aspecto da abordagem é a confirmação, é ser reconhecido, ser visto pela nossa família imediata, pelo outro num sentido dialógico.
Nos primeiros anos de nossa vida, a família deixa marcas no nosso desenvolvimento, se recebermos experiências posteriores, elas podem se apoiar e serem confirmadas mais tarde por essa experiência inicial, quando isso não acontece, ou não se consegue essa confirmação em fases posteriores, há uma abertura e uma necessidade desesperada para que a confirmação ocorra, esses acontecimentos criam falsos eus, já que, se a pessoa não recebe confirmação pelo que é, tenta provocar o aparecimento do melhor substituto possível, da maneira que achamos que a outra pessoa deseja, entretanto o individuo fica se sentindo vazio e falso para com seu verdadeiro self e acaba se estabelecendo um circulo vicioso em que a pessoa precisa buscar desesperadamente a confirmação, mas continua a conciliar para receber qualquer reconhecimento, desse modo o terapeuta precisa trabalhar com os bloqueios que ajudam a proteger o ser dessa pessoa, já que são os mesmos que o impedem de receber a confirmação. Esta confirmação significa um esforço ativo de voltar-se para a outra pessoa e afirmar sua existência separada, sua alteridade, sua singularidade, e seu vinculo comum comigo e com os outros, é aceitar a pessoa, seu comportamento, quem ela é nesse momento, por sermos criaturas do entre precisamos da confirmação do outro, poém só nos validamos apenas até certo ponto.
O terapeuta para executar estas atitudes precisa ter um senso de confirmação, de auto – aceitação independente das reviravoltas da terapia, mesmo esses sensos não senso absolutos, pois terapeuta também é humano e tem de lidar com seus vazios existenciais.
Quando há um certo impasse nas sessões de terapia, é possível utilizar os experimentos, desde que não seja algo imposto e que haja uma relação de confiança, esses experimentos tem de surgir do entre, temos como exemplo a cadeira vazia, que seria uma auto diálogo em que se tenta ouvir os dois lados de pensamentos ou sentimentos polares dentro da pessoa que está em conflito.

A abordagem dialógica se configura num sentir, numa postura e numa crença de que a saúde está numa relação equilibrada com os outros e consigo mesmo, observando e respeitando as alteridades, singularidades, o diálogo, inclusões, confirmações e o ritmo da graça e da coisificação, ou seja, da dança entre o Eu-Tu e Eu- Isso em todas as relações.






Referência:

HYCNER, R.; A base Dialógica in HYCNER, R.; JACOBS, L. Relação e Cura em Gestalt-Terapia. São Paulo: Summus, 1997.


28 de setembro de 2014

Prática Terapêutica da Gestalt Terapia



    A presente síntese tem como objetivo discutir as práticas terapêuticas na Gestalt Terapia mais especificamente na postura dialógica, enfatizando as características dessa postura em relação ao terapeuta e reciprocamente no cliente.

       O dialógico é a relação do “entre”, do invisível, impalpável “entre” nós, uma abordagem mais sentida do que na teoria, tem como características a alternância rítmica da relação Eu-Tu e Eu- Isso. A Gestalt – terapia de orientação dialógica tem como princípio básico o fato de que a abordagem, o processo e o objetivo da psicoterapia são dialógicos no enfoque global, o dialógico se encontra no diálogo neste “entre” que compartilham, o Todo (âmbito dialógico) é maior que a soma das partes(terapeuta e cliente). O componente indispensável para a prática terapêutica é a atitude dialógica do terapeuta, sendo que todo contato e awareness são compreendidos dentro do contexto do dialógico, porém todo diálogo é contato, mas nem todo contato é diálogo, este para ser dialógico tem de estar fundamentado no “entre”.

      A psicoterapia dialógica é um modo de ser, no seu âmago está à ideia de que a base última de nossa existência é relacional e dialógica por natureza. Ela reconhece que uma das tensões fundamentais da existência humana é a tensão entre nossa natureza relacional e nossa singularidade, esta abordagem reconhece a singularidade do individuo no contexto relacional, com esse singular emergindo em relação com os outros sendo que a chave do viver saudável seria o equilíbrio entre nosso senso de união e separação, outra questão é que no encontro existe a fala, mas o dialógico é uma forma de abordar os outros e não a fala em si mesmo entendendo que a fala é a manifestação auditiva de uma atitude dialógica e que mesmo o silêncio pode significar o diálogo genuíno.

      O “entre” abrange duas posturas polares, o Eu-Tu e Eu – Isso, a primeira é uma atitude de conexão natural e a segunda de separação natural sendo que ambas são essenciais, o viver saudável requer uma alternância rítmica e um equilíbrio entre a tensão criativa e a integração dessas polaridades. A experiência Eu-Tu é estar tão plenamente presente quanto possível com o outro apreciando a alteridade, a singularidade, a totalidade do outro enquanto isso acontece simultaneamente com a outra pessoa, é uma experiência de encontro.

     A experiência Eu-Isso é dirigida por um propósito, é uma coisificação do outro, o momento onde se focaliza tanto um objetivo que as outras pessoas ficam em segundo plano, tornam-se secundárias em determinadas situações, todos precisam disso para atingir uma meta, essa atitude faz parte do fluxo das relações humanas. Os hífens nos termos Eu-Tu e Eu-Isso significam que a orientação com que alguém se aproxima dos outros é sempre relacional e reciprocamente reflete-se de volta para a própria pessoa. Se me aproximo dos outros numa atitude Eu-Tu isso irá se refletir de volta em como me aproximo de mim, o mesmo acontecendo na relação Eu-Isso quando coisifico os outros também me coisifico.

     O encontro Eu-Tu é apenas um momento ou uma dimensão de uma orientação dialógica rítmica total que abrange a alternância dos momentos Eu-Tu e Eu-Isso, ela não pode ser congelada, nem pode ser o objetivo na relação, pois se não ironicamente se torna um encontro Eu- isso, não se pode visar o encontro Eu-Tu pode-se apenas preparar o terreno e estar presente deixando o momento da graça ocorrer.

     Outra questão a se observar na abordagem dialógica é a preocupação da pessoa como um todo, uma visão holística, mesmo que em estágios da terapia algum aspecto seja enfatizado, o terapeuta de orientação dialógica tenta manter a visão do contexto todo assim como na alternância rítmicas entre eles. Neste ínterim o terapeuta tem de estar atento para não reduzir o outro a sua motivação psicológica, mas se perguntar que contexto da existência dessa pessoa faz com que um motivo ou comportamento seja figura em determinado momento, cada comportamento precisa e pede desesperadamente para ser compreendido dentro do contexto mais amplo da existência dessa pessoa, nesta perspectiva a patologia é vista como um distúrbio da existência inteira da pessoa e como afirmação de que ela precisa ser cuidada para que sua existência se torne novamente completa. A pessoa inteira é ao mesmo tempo revelada e escondida. A patologia surge quando estas dimensões estão significativamente desequilibradas entre si.



CURSO DE PSICOTERAPIA

Referência:

HYCNER, R.; A base Dialógica in HYCNER, R.; JACOBS, L. Relação e Cura em Gestalt-Terapia. São Paulo: Summus, 1997.

24 de junho de 2014

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...