24 de maio de 2009

O Guardião

Tô publicando essa estória em homenagem ao meu psicólogo, que me contou essa história com tanta dramaticidade, ele incorporou realmente o personagem.
Eu esperei ele contar a estória todinha e no final ainda disse que eu já a conhecia e essa era bem velha, oh, maldade! Tava mal humorada nesse dia, mas é verdade por mais bonito que pareça o problema é sempre um problema e precisa ser exterminado.



Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela.
O Mestre, com muita tranquilidade, falou:
- Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar.
Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo. E disse apenas: - Aqui está o problema!
Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ...ZAPT!... destruiu tudo, com um só golpe.
Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
Você é o novo Guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado.

Os orientais dizem:
- Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro jogar o chá para, então, beber o vinho.

(Roberto Shinyashiki)adaptado.

Um comentário:

Maria disse...

Tb conhecia essa história, mas fazia tempo que não a recordava. Fiquei pensando um tempão aqui em como faz sentido, em como deve ser assim...

Meu beijo

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