3 de fevereiro de 2009

Profissionais da escuta

Por juliana godoy


Se você tem aquela mania de analisar os seus amigos, adora escutar quando alguns deles querem desabafar e ainda tenta encontrar respostas para todos os problemas, sem sombra de dúvidas você tem vocação para a psicologia.

Mas não pense que é só abrir as orelhas e pronto. Ser psicólogo exige mais do que apenas escutar. Requer muito estudo, dedicação e força de vontade por parte dos alunos.

Antes mesmo de entrar para a faculdade os interessados no curso precisam saber de alguns detalhes sobre a profissão. Primeiro que é preciso ter o perfil adequado. Não adianta só saber escutar os outros, é preciso vocação para encarar o trabalho. "Apesar de ser um profissional basicamente de escuta, o psicólogo tem que saber como fazer para os pacientes se abrirem. Ele precisa criar condições para que as pessoas falem", avisa o coordenador do curso de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Willher Nogueira. O que os alunos também devem saber antes de escolher psicologia no vestibular é que dinheiro não é o mais importante na profissão. "A pessoa precisa ir (para a universidade) motivada pelo o humano em contextos bons ou ruins e não por outros fatores", afirma Nogueira.

A estudante Juliana Dourado, 28 anos, vai se formar no começo deste ano e garante: dinheiro não foi a sua motivação. "Quis fazer a faculdade por acreditar no trabalho dos psicólogos", explica. Juliana conta que seu interesse sempre foi lidar com a saúde das pessoas, ela só não sabia que área seguir. Chegou a cursar até alguns períodos de medicina no Rio de Janeiro, mas viu que aquela não era a sua praia. "Fui para lá sem saber direito o que queria e quando o curso começou vi que medicina estava fora dos meus planos. Voltei para cá e fiz a prova para psicologia", lembra. A decisão pelo curso, que é da área de humanas, apesar de parecer de saúde, não aconteceu por acaso. A jovem faz análise desde os 14 anos e com o tempo se sentiu influenciada por sua terapeuta. "Comecei a perceber que a terapia estava dando certo, então passei a acreditar naquele trabalho. Vi que se funcionou comigo também funcionaria com as outras pessoas e eu poderia ajudar nisso", explica Dourado que, para concluir o curso, fez estágio na clínica da faculdade e hoje já tem emprego garantido em um hospital.


FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/0/26/economia1_0.asp

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