30 de abril de 2009

Por que fazer psicoterapia?

Psicoterapia: inversão da queda compartilhando a chama sagrada do amor


Por Luiz Tadeu M. de Oliveira*

O professor pós-doutor Jorge Ponciano Ribeiro afirma em suas obras que a relação terapêutica é semelhante ao encontro de duas almas sob a mesma luz.
Sob a mesma luz num campo awareness, isto é, terapeuta e cliente com tomada de consciência do campo existencial configurado diferente, com amor fluente.
Quero dizer que o cliente compreende a si próprio, percebendo-se e decidindo qual caminho tomar em sua vida, mas agora, decidindo por si. É mudança de atividade profissional, de relacionamentos, crenças são alteradas, a relação com o corpo mais saudável, invertendo a queda, iluminando os escaninhos de sua alma, mente, corpo, relação.
Inverter a queda é iluminar-se. Para tal construção é preciso desenvolver a coragem de romper com os padrões de consciência coletiva herdados dos antepassados, da geração anterior (TOLLE, 2002). Lembre-se, quando você nasceu e veio ao mundo, essas pessoas que você chama de família já estavam no mundo com seus dilemas, angústias, dúvidas e sofrimentos, com a necessidade e expectativa de prolongar tal estado de coisas em você.
Desde o nascimento você foi forçado a identificar-se com padrões culturais, por exemplo, que pode estar trazendo medo e infelicidade, sem que possa abrir a caixa de seu potencial de crescimento e liberdade inerente a você. Sem abrir a caixas de seu mundo interior não se consegue alegria e paz.
E passa anos a fio distraído e esquecido de você nas trilhas do tempo por conta de imposições culturais, religiosas, pois tem quer ser um bom homem, tem que se doar aos outros, tem que casar até que a morte os separe e por aí vai.
Leitor, já pensou quantos sonhos, projetos, relacionamentos, deixou para trás por conta de que o outro sempre disse que não ia dar certo, que você não era capaz? Descobri que a educação formal, na escola, na família, no geral mata a capacidade criadora dos seres humanos, os educando para tirar dez nas provas.
Hoje, quero lhe propor em inverter a queda (SPANGENBERG, 2001).
Inverter a queda é buscar nova visão da vida com outro sentido, com compreensão religiosa diferente, mais voltada para o universo interior, pois o reino dos céus está dentro de cada um.
Inverter a queda é retomar o caminho de volta à casa, de re-conexão silenciosa com a natureza, reconhecer que não sabemos para onde estamos indo e que não se pode parar de ir.
Inverter a queda é revalorizar a presença no mundo, os vínculos. É buscar e pensar mais em termos de como e para que do que no por que
Inverter a queda é saber que sua presença aqui na Terra é um ato de amor e que lhe compete entregar-se para tal ato.
Inverter a queda é ter compaixão para consigo mesmo na tarefa de sermos humanos.
Precisamos buscar o lado místico, misterioso da existência para sentir-se e conscientizar-se de que se está protegido pela Verdade Silenciosa.
Quero convidá-lo a resgatar a magia de viver a cada instante, semelhante às abelhas que beijam as flores. Que você torne-se terapeuta de si mesmo, portador da chama sagrada do amor, vivenciando o calor e a energia da chama.
Alejandro Spangenberg afirma:
Você não está sozinho. A nova ética está emergindo, o único tempo é o presente. Fazer parte da criação é amar a queda que nos trouxe ao mundo, é reverenciar o ato do nascimento, o sacrifício implícito no dar à luz – num ato de entrega, de abandono e de fé-, diante da mão que nos deu a vida.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
SPANGENBERG, Alejandro. Terapia Gestáltica e a Inversão da Queda. Editora Livro Pleno.
TOLLE, Eckhart. O Poder do Agora: Um guia para a iluminação espiritual. Editora Sextante, 2002.

*Psicólogo – CRP-014/04412-2. Prof. Uems .Eterno Aprendiz.




Publicado em 14. Abr.2009. Disponível em http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=40414

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