18 de outubro de 2008

Ensinar e Aprender

Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor
Admirável chip novo, Pitty

Este blog vive uma fase de assuntos educacionais, pois estou vivendo um semestre de licenciatura já que meu curso com muito orgulho oferece além da formação de psicólogo, uma formação de licenciatura em psicologia, o que nos traz questionamentos que servirão para quem for exercer a profissão docente, já que ver-nos com olhos de aluno é uma coisa e de professor é outra.
É nos colocado várias teorias da aprendizagem, que a significância, a afetividade, a interação, a cultura, tudo influi na aprendizagem, e um ponto fundamental é a liberdade, a crítica, a reflexão, digo com meu jeito típico de nordestina, bem humorada que o conflito é “como agüentar um aluno questionador?”
Estão gritando por aí, que a sala de aula tem de ser um lugar de reflexão, de senso crítico, estão gritando por aí que o professor tem de ser um facilitador.
São os mesmos gritos que mandam: cale boca e fique quieto!Me respeitem!

"Em contraposição a abordagens tradicionais onde o indivíduo é tratado como um passivo receptor de conteúdos, o construtivismo tem como premissa que o indivíduo é o agente construtor de seu próprio conhecimento, na medida em que os significados por ele construídos a partir de suas experiências e vivências em diferentes contextos fornecem sentido e constituem representações da realidade "(Piaget & Garcia, 1987).

Nossa educação é reflexo da nossa sociedade, nós somos reflexos da nossa sociedade, e os alunos são reflexos da nossa sociedade.
A grande maioria de nós somos filhos de uma escola em que o professor é o detentor do conhecimento e somos simples expectadores, como trabalhar o senso crítico, e a reflexão de um aluno, se eu como aluno, não fiz isso? Não fui incentivada a isso?

Imaginem a cena:

Eu, estudante de psicologia praticamente formada, preparo um aula bacana , leio três teóricos; o assunto; uma coisa básica de psicologia, então me vem um aluno, que não tem metade dos meus conhecimentos , questionar o que eu tô colocando e os meus três amigos teóricos que passaram a vida dedicados a pesquisas exaustivas desse tema, ufa!

Quanto à formação dos professores numa abordagem construtivista, pode-se afirmar que assim como o aluno constrói o conhecimento, o mesmo acontece com o professor. Os professores devem passar por experiências de aprendizagem para confrontar suas experiências particulares, suas crenças tradicionais, seus conhecimentos sobre o desenvolvimento psicológico das crianças. É compartilhando suas experiências com outros educadores, que os professores podem questionar, refletir e construir a prática pedagógica nos moldes construtivistas, com novas perspectivas pedagógicas (Fosnot, 1998a, 1998b)”

Outra questão seria: o professor é um super homem ou uma super mulher?, que tem que perceber esses 50 alunos como indivíduos com suas realidades e suas culturas, que possuem conhecimentos prévios, indivíduo livres para construirem junto com o professor esse conhecimento novo, além de tudo trabalhar a desmotivação ás vezes mútua, sem falar nas questões salariais e estruturais e egóicas desse detentor de conhecimento


Conforme os pressupostos da abordagem construtivista, o papel do professor deve ser o de mediador e equilibrador de situações de aprendizagem, bem como de conflitos que ocorrem em sala de aula. Comparada a postura do professor numa perspectiva tradicional, cabe a esse professor aceitar que também o aluno possui um repertório de conhecimentos e, ao entrar na escola, prossegue nessa construção. Assim, não cabe ao professor somente transmitir o que ele sabe ou a que já se encontra sistematizado, e sim compreender conceitos e vivências reveladas pelos alunos a partir de seu universo sócio-cultural.(Machado, 2007).”

É pra isso que estamos aqui, alguém tem de praticar realmente a teoria, o que faz a diferença é no momento em que aquele aluno questionar seus conhecimentos, o conteúdo e outros teóricos, respire fundo e antes que aquela voz interior diga “mas quem é você pra questionar isso? Quem vc pensa que é? você não sabe quem com que está falando?”Perceba que o conteúdo para ser apropriado tem de ser significante, gerar o conflito, o questionamento, e é esse o papel de professor, ensinar e aprender, se vc não agüenta isso, bote a viola no saco e vá fazer outra coisa.

referências:
FACCI, M. G. D. Valorização do trabalho do professor e a escola de vigotski, disponível em http://www.abrapee.psc.br/artigo11.htm

SANTOS, H.;;SILVA, A. . T. B.;REZENDE, F.Um estudo da prática construtivista do tutor de um curso a distância de formação continuada de professor de física
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/viii/PDFs/CO22_2.pdf

3 comentários:

j.qualquercoisa disse...

e tu tá realmente neste blog???

"Eu, estudante de psicologia praticamente formada, preparo um aula bacana , leio três teóricos; o assunto; uma coisa básica de psicologia, então me vem um aluno, que não tem metade dos meus conhecimentos , questionar o que eu tô colocando e os meus três amigos teóricos que passaram a vida dedicados a pesquisas exaustivas desse tema, ufa!"

bjs

Lizandra disse...

oi, não entendi!

"e tu tá realmente neste blog???"

Anônimo disse...

Não se "aguenta" um aluno questionador. O aluno questionador muitas vezes faz a pergunta que os outros não tiveram coragem, ou demonstra a falha onde os outros não perceberam. O aluno questionador muitas vezes apenas difere dos outros por que verbaliza suas dúvidas. No entanto difícilmente a dúvida é só dele. E ao respondê-lo, você está respondendo a dúvida de outros que ficaram calados.

Muito pior é quando você passa 10 minutos discorrendo sobre um tópico, perguta se todos entenderam e só tem um tímido assentimento com a cabeça como resposta. Como saber se entenderam mesmo? Esperar por uma prova simplesmente seria altamente antiético, pois o professor deve acompanhar todo o processo de aprendizado, estabelecer uma sintonia como o ritmo do grupo e ser capaz de notar quando estão realmente aprendendo.

Fora que as vezes as pessoas que põe "EU" em negrito e nem tiraram a graduação ainda são as que mais costumam falar merda em sala de aula justamente por achar que possuem algo "mais".

Assinado: O aluno questionador, terror dos professores acomodados, e orgulhoso disso

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