21 de novembro de 2008

YAHOOOO!

Hoje encerrou-se minha prática de ensino, e só tenho uma coisa a dizer:


Whoa-oa-oa! I feel good, I knew that I would, now

I feel good, I knew that I would, now

So good, so good, I got you



Os alunos são ótimos, a relação foi complicada com a administração, mas o importante foi que o recado foi dado, não existe sensação melhor do que a certeza que você fez o melhor que pode, e a minha professora de supervisão ,então? Você foi mara.....!



"Nunca me esqueço, na história já longa de minha memória, de um desses gestos de professor que tive na adolescência remota. Gesto cuja significação mais profunda talvez tenha passado despercebida por ele, o professor, e que teve importante influencia sobre mim. Estava sendo, então, um adolescente inseguro, vendo-me como um corpo anguloso e feio, percebendo-me menos capaz do que os outros, fortemente incerto de minhas possibilidades. Era muito mais mal-humorado que apaziguado com a vida. Facilmente me eriçava. Qualquer consideração feita por um colega rico da classe já me parecia o chamamento à atenção de minhas fragilidades, de minha insegurança.
O professor trouxera de casa os nossos trabalhos escolares e, chamando-nos um a um, devolvia-os com o seu ajuizamento. Em certo momento me chama e, olhando ou re-olhando o meu texto, sem dizer palavra, balança e cabeça numa demonstração de respeito e de consideração. O gesto do professor valeu mais do que a própria nota dez que atribuiu à minha redação. O gesto do professor me trazia uma confiança ainda obviamente desconfiada de que era possível trabalhar e produzir. De que era possível confiar em mim mas que seria tão errado confiar além dos limites quanto errado estava sendo não confiar. "


Pedagogia da autonomia Paulo Freire

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